sexta-feira, 10 de abril de 2015

Publicidade em sites de buscas deve atingir US$ 81 bilhões neste ano

Google
De acordo com a projeção da empresa de pesquisa eMarketer, os gastos mundiais com publicidade digital devem atingir a marca de US$ 170 bilhões neste ano, sendo que o dispêndio com anúncios em resultados de buscas aumentarão 16%, para US$ 81 bilhões. Os números revelam, segundo a consultoria, que os anúncios em resultados de buscas serão responsáveis por mais da metade do total aplicado em publicidade digital em todo o  mundo em 2015.

Por ser o mecanismo de buscas mais popular no mercado mundial, o negócio de publicidade em resultados de buscas do Google é altamente rentável. Por este motivo, a empresa acaba ditando os preços deste segmento da publicidade digital. Ele cobra taxas mais elevadas para publicidade em resultados de buscas em relação à chamada propaganda de exibição, já que o anúncio aparece nas páginas de resultados de buscas quando o usuário está procurando informações específicas, além de ter maior chance de ser clicado.

O relatório da eMarketer aponta o Google como líder do mercado, com maior market share global. Também estima que a receita oriunda dos anúncios em resultados de buscas do Google aumentará 16% neste ano, para US$ 44,5 bilhões. Dessa forma a empresa americana terá mais da metade dos US$ 81 bilhões que serão investidos pelos anunciantes.

Um outro estudo da comScore mostra que a receita média por usuário com anúncios em buscas foi aproximadamente US$ 45 no primeiro trimestre de 2014, enquanto que a do Facebook e do Twitter foram significativamente menores, com US$ 7,20 e US$ 3,60, respectivamente. Isso aponta que o preço cobrado pelo Google é cerca de seis vezes maior do que o do Facebook e cerca de 15 vezes superior ao do Twitter.

A StatCounter, em seu relatório, mostrou que o Google também é líder no mercado de busca móvel, que tem sido impulsionado por dois fatores: o domínio que exerce no segmento de busca globalmente e ao rápido crescimento do mercado mundial de publicidade móvel. O Google detém uma participação de 87% do mercado de busca móvel dos Estados Unidos, segundo o instituto de pesquisas.

De acordo com a eMarketer, o mercado de publicidade móvel deve saltar de aproximadamente US$ 19 bilhões em 2014 para cerca de US$ 66 bilhões em 2019, o que representa uma taxa de crescimento composto anual de 28%.

Oposta ao crescimento do Google, a participação da Microsoft no mercado de publicidade digital deverá ficar estagnada em 2015. Os números apontam que a fatia do Bing, a ferramenta de buscas do companhia, será muito semelhante à de 2014. No entanto, a receita publicitária com anúncios em resultados de buscas deve crescer 18,5%, impulsionada principalmente pela parceria que mantém com a Apple, nos sistemas móveis iOS 7 e iOS 8.

Um outro fator que deve contribuir para o aumento da receita é a ampliação do acordo de buscas na internet com o Facebook, depois de ter disponibilizado uma nova função para realizar buscas dentro da rede social. Com a nova função, os anúncios na ferramenta da Microsoft serão mais reforçados. A ação deve ajudar a minimizar o fim da aliança com o Yahoo, que expressou o seu desinteresse em continuar com um acordo que mantinha na área de buscas da Microsoft.

Já o Yahoo, que ocupa a quarta posição no mercado de publicidade em resultados de buscas, também deve perder seu espaço. De acordo com a eMarketer, o market share da empresa deve cair de 3% em 2013 para 2% em 2015. Mesmo assim, a consultoria acredita que a companhia poderá se reestruturar para crescer. Isso porque o recente acordo com a Mozilla poderá render frutos. Nele o Yahoo substituirá o Google como mecanismo de buscas padrão, o que, certamente, ajudará a empresa a ganhar participação às expensas do Google.

Segundo os últimos dados da StatCounter, em dezembro de 2014, o Yahoo conseguiu atingir sua maior participação no mercado de buscas nos Estados Unidos, em mais de cinco anos. O Google, por sua vez, registrou a menor participação mensal naquele mercado — diminuiu de 77% em novembro para 75% em dezembro. Em segundo lugar ficou o Bing, com 12,5% de market share, seguido pelo Yahoo, com 10%.

Um outro fator que pode ajudar o Yahoo é o acordo que está negociando com a Apple para usar o navegador de internet Safari como ferramenta de pesquisa, já que ele tem um campo de busca inteligente. A parceria que o Google tem com a Apple está prestes a terminar. Se o Yahoo conseguir esse acordo, irá conseguir aumentar sua fatia em anúncios em resultados de buscas, inclusive no mercado móvel, uma vez que o Safari é o navegador móvel mais popular.



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