quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

AMD formará nova equipe de liderança para competir com Intel

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AMD sempre foi uma ótima opção no que diz respeito a processadores para PCs. No entanto, nos últimos anos a empresa tem perdido espaço para a Intel em desktops, laptops e servidores. Para tentar se diversificar, ela apostou em outros produtos como consoles e processadores ARM. Mas os resultados obtidos mostram que a companhia ainda precisa se reinventar.

De acordo com informações da Bloomberg, três executivos importantes da AMD deixaram a empresa. Segundo a companhia americana, isso faz "parte da implementação de uma equipe otimizada de liderança para impulsionar o crescimento futuro da AMD".

Foi possível constatar que um dos executivos que não pertencem mais à liderança da AMD é John Byrne, chefe da divisão de computadores e gráficos, que foi responsável pelos processadores de PC e placas de vídeo. Além de Byrne, a diretora de marketing Colette LaForce e o diretor de estratégia Raj Naik "deixaram a AMD para buscar novas oportunidades", afirmou a empresa. 

Lisa Su, que assumiu o cargo de CEO em outubro, já realizou a demissão de mais de 7% dos funcionários da empresa. Nesta mesma época, a CEO afirmou que iria reerguer a AMD por meio de "investimentos certos em tecnologia", o que envolve simplificar a linha de produtos da companhia e continuar com o foco em diversificação.

Dados da IDC, correspondentes ao terceiro trimestre de 2014, revelam que a Intel tem pleno domínio no mercado. A concorrente tem 82% do mercado de desktops, 90% dos laptops e incríveis 98% dos servidores. Isso mostra que a AMD e outras concorrentes têm grande dificuldade em competir em pé de igualdade com a Intel.

Enquanto a Intel tenta deslanchar no setor móvel, a AMD ao menos investiu neste setor. Em 2009 a empresa vendeu sua unidade de chips gráficos móveis para a Qualcomm, que se transformou no que conhecemos como linha Adreno. O sucesso da Qualcomm neste setor mostra que a decisão da AMD em se desfazer de sua unidade móvel foi equivocada.

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No entanto, a AMD ainda tem espaço para ser bem-sucedida. A empresa possui uma divisão de sucesso relacionada a processadores semicustomizados, que estão presentes nos três maiores consoles da nova geração. O PlayStation 4, da Sony, e o Xbox One, da Microsoft, têm um processador AMD Jaguar de oito núcleos e chip gráfico com arquitetura Radeon. Já o console da Nintendo, o Wii U, é equipado com um chip gráfico Latte da IBM, que também é baseado na arquitetura Radeon. A companhia também produz processadores com arquitetura ARM que são utilizados em servidores de baixa potência e consomem menos energia.

Mas parece que o ritmo dos avanços da empresa não está sendo suficiente. De acordo com a Reuters, "os avanços têm sido mais lentos do que o exigido por Wall Street". Isso pode ser comprovado nos valores dos papéis da empresa, que caíram pela metade desde 2011.

Para conseguir manter certa relevância e respirar no concorrido mercado de chips, a AMD terá que formar uma boa nova equipe. Certamente Lisa Su estará empenhada nisso.


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