Agora é a vez das crianças do Brasil receberem próteses feitas por impressora 3D. A ONG E-nabling the Future disponibiliza o material no mundo todo. Os voluntários produzem modelos com preço bem mais acessível, que podem ser dez vezes mais baratos do que próteses tradicionais. Eles são inspirados em super-heróis. O menino Kevin, de Santo André, São Paulo, ganhou uma prótese com as cores do personagem Ben 10, seu desenho favorito.
O principal responsável pela vinda do projeto para o Brasil foi Marcelo Botelho, 29, um dos colaboradores do grupo social. Ele é estudante de Engenharia Mecânica e baixou gratuitamente um projeto de prótese no site da E-nabling the Future e o imprimiu em 3D.
“Apareci em uma matéria de jornal quando imprimi uma prótese Cyborg Beast, que também consegui no site da ONG. Na época, a cuidadora do Kelvin viu a reportagem e me enviou um e-mail pedindo ajuda”, contou Botelho.
A grande vantagem dos modelos de próteses disponibilizados pela ONG é o baixo custo de produção. São utilizados materiais mais baratos para a impressão tridimensional, como o termoplástico ABS. As próteses são comercializadas em várias cores. O uso de outros materiais, como plásticos especiais, encarecem mais os modelos, que podem chegar a custar R$ 250.
Contudo, a prótese de Kelvin, por exemplo, custou somente R$ 40. Ela foi fabricada com plástico e outros itens, como linha de pesca, velcro, elástico e espuma. Mas, para quem não tem uma impressora 3D disponível, o produto pode sair bem mais caro. Uma empresa especializada pode cobrar mais de R$ 400 somente pela impressão e entrega. Marcelo encomendou peças do exterior para montar sua impressora 3D em casa por R$ 1 mil, porém o equipamento pronto pode chegar à faixa de R$ 5 mil no Brasil.
“Imprimir peças plásticas é fácil, basta um clique. Meu objetivo e influenciar, motivar e mobilizar pessoas para a causa. A procura das próteses ainda é pequena pela falta de divulgação. Por isso, também assumo os custos sozinho, mas precisarei montar mais impressoras e conseguir o termoplástico ABS para continuar a iniciativa por aqui”, explicou o estudante. Ele aceita contribuições de interessados que o procurarem e entrarem em contato diretamente pelo Google+.
Também é possível encontrar outros profissionais voluntários no Brasil pelo site da ONG. A organização conta com mais de dois mil voluntários em todo o mundo. Confira o vídeo de Kevin com a prótese:
Via E-nabling The Future, TechTudo.
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