Na semana passada, divulgamos aqui no Canaltech duas notícias que mostram o impacto da internet nos demais meios de comunicação. Nos Estados Unidos, a publicidade gasta por empresas e agências no mundo digital já é maior que os investimentos feitos na televisão. Aqui no Brasil, a situação segue o mesmo caminho, já que quase metade dos brasileiros preferem acessar notícias e informações pela web – seja do computador, tablet ou smartphone – do que pela TV.
E no que depender de um novo estudo do IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau), as companhias nacionais continuarão optando pela internet como forma incial de veicular suas campanhas e anúncios. De acordo com o órgão do setor, o mercado de publicidade na web deve superar os R$ 7,197 bilhões no Brasil em 2014, mais que o dobro registrado em 2011 (R$ 3,459 bilhões) e maior do que em 2012 (R$ 4,572 bilhões). Os dados foram divulgados em um evento nesta terça-feira (15) e têm como base entrevistas feitas com os mais de 200 associados à instituição (empresas de mídia, plataformas digitais, agências).
O IAB também apresentou algumas estimativas sobre o mercado publicitário no país em 2013, quando o crescimento atingiu 25,9% e faturamento de R$ 5,75 bilhões. Com isso, a internet se tornou o segundo maior segmento publicitário no Brasil, ultrapassando os jornais e ficando atrás apenas da TV. "O Digital oferece aos anunciantes alta efetividade aliada a ferramentas de mensuração muito poderosas", afirma Rafael Davini, presidente do IAB Brasil.
Para 2014, a stimativa do IAB é que o investimento em publicidade online deva crescer cerca de 25% divididos em R$ 4,679 bilhões de buscas e classificados e R$ 2,518 bilhões em display e redes sociais. Já a expectativa de crescimento para todo o mundo é de 27,9%, gerando um total de R$ 137,53 bilhões em investimentos, segundo dados do e-marketer.
Um dos fatores que vão contribuir para o aumento nos gastos com internet no país é o engajamento dos usuários que precede e sucede eventos importantes realizados em território nacional – especialmente neste ano com a Copa do Mundo de Futebol e as eleições. O órgão destaca que as companhias estão de olho no consumo de vídeos, redes sociais e nos dispositivos móveis, três características importantes para o investimento massivo no meio digital no país.
"Apesar da Copa do Mundo ser um evento televisivo que reune pessoas para assistir ao jogo, o que acontece antes e depois é maior do que o próprio jogo, aumentando o número de comentários no meio digital e elevando a audiência na internet. Dessa forma, cresce o interesse dos anunciantes em investir cada vez mais na publicidade online", disse Davini. Ele acredita que o uso da segunda tela também é um fator decisivo para colocar mais dinheiro em aparelhos como tablets e smartphones – no ano passado, pela primeira vez, a venda de tablets superou a de desktops.
O executivo também afirma que as agências e empresas do setor estão muito mais atentas ao mercado e preparadas para lidar com a demanda e utilização do consumidor em conteúdos digitais. Além disso, o IAB revela que o Brasil tem sido destaque no cenário mundial porque é um dos países que mais cresceram no uso da internet. Segundo dados da instituição, dos 105 milhões de brasileiros com acesso à rede, 52,5 milhões são usuários ativos, ficando atrás apenas dos japoneses (60 milhões) e norte-americanos (198 milhões).
Novo monitoramento
O IAB aproveitou o evento para anunciar uma parceria com a comScore, empresa de medições do mundo digital, e com os sete maiores portais de internet do país (R7, UOL, Terra, Globo.com, IG, Yahoo!, MSN). O projeto tem como objetivo criar uma nova metodologia para medir o faturamento da publicidade móvel no país e tornar os levantamentos de dados mais quantitativos do que qualitativos.
A partir de agosto deste ano, a entidade realizará estudos trimestrais e vai abranger uma parcela maior de conteúdos acessados pela web, incluindo informações sobre redes sociais como o Facebook e anúncios exibidos antes de vídeos no YouTube. A medição também poderá mapear com mais precisão o consumo de vídeos, sites de relacionamento e outras páginas via dispositivos móveis.
"A internet sempre foi medida apenas pela quantidade de cliques, o que dificultava mensurar pesquisas e outros dados relevantes, como as redes sociais. No entanto, a demanda por esses dados é muito maior atualmente", disse Alex Banks, diretor da comScore no Brasil. "Vamos conseguir levantar informações do mercado como um todo".
via: http://corporate.canaltech.com.br
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