A Microsoft e a Nokia andam hoje de mãos dadas no mercado de smartphones, principalmente após a gigante dos softwares ter comprado a fabricante finlandesa. Mas nem sempre foi assim. Segundo uma reportagem publicada pela Bloomberg BusinessWeek, diversos membros da diretoria da empresa, incluindo o próprio Bill Gates, eram contra o negócio.
Originalmente, a aquisição da Nokia foi rejeitada por ser cara e complexa demais, envolvendo não apenas a inclusão de toda uma nova divisão às fileiras da Microsoft, como também o remanejamento de executivos-chave. Desde o início, porém, Steve Ballmer se mostrou a favor da compra, trabalhando exaustivamente para convencer a diretoria.
As coisas começaram a mudar quando os primeiros rumores de aparelhos da Nokia com Android surgiram. Foi aí que o atual CEO da Microsoft, Satya Nadella, mudou de ideia e Ballmer conseguiu levar seus planos adiante. Ainda assim, porém, o desgaste do então CEO junto aos membros da liderança da empresa acabou sendo um dos motivos que o levaram a anunciar o abandono do cargo.
Os problemas da operação da Microsoft com os tablets Surface e as baixas vendas dos dispositivos também falaram a favor do negócio. Com a Nokia, a empresa estaria pisando em um terreno mais confortável, uma vez que a finlandesa já conhecia o mercado e possuía uma tradição que vinha desde os primórdios da indústria de celulares, quando os aparelhos ainda serviam principalmente para fazer ligações e estavam longe de ser “inteligentes”.
A aquisição acabou se tornando parte de um plano da Microsoft para se envolver mais diretamente não apenas nos setores empresariais e de software, mas também no de produtos para o consumidor. Dessa estratégia, faz parte não apenas a Nokia, mas também o Xbox One.
Ainda assim, a Bloomberg aponta que mais atritos entre os diretores da Microsoft podem ocorrer, já que nem todos acreditam no sucesso desse tipo de abordagem. Para Mason Morfit, um dos principais acionistas da empresa, a companhia deveria permanecer no segmento onde já está consolidada e acostumada a operar, tocando as outras divisões como “extras” e não como parte integrante de sua estratégia.
via: http://corporate.canaltech.com.br
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