A vida da Microsoft no mercado de dispositivos móveis nunca foi exatamente fácil. A empresa demorou a abraçá-lo e hoje, pouco mais de três anos após o lançamento do Windows Phone, o sistema operacional ainda sofre com uma falta absurda de aplicativos. Muito embora a empresa venha conseguindo alguns resultados positivos com a venda dos aparelhos da linha Lumia na Europa, ela vem enfrentando cada vez mais problemas ao tentar manter os desenvolvedores interessados na plataforma.
Para contornar esse problema, a empresa estaria considerando seriamente a possibilidade de fazer com que aplicativos do Android rodem tanto no Windows quanto no Windows Phone. A informação foi passada ao The Verge por fontes "com conhecimento sobre a situação" e, aparentemente, indicam que a empresa de Redmond está disposta a provar da fruta do Google para fazer com que seu sistema operacional ganhe mais relevância no mercado.
A decisão, no entanto, inspira cautela. O Android equivale ao Windows no mundo dos dispositivos móveis: está em todo canto. Qualquer estratégia que o envolva exige muita meticulosidade, caso contrário pode acabar levando à morte da plataforma móvel da Microsoft.
Se tudo ocorrer bem a companhia remediará um problema crônico que assombra a plataforma desde o início. Enquanto o iOS continua sendo o foco de boa parte dos desenvolvedores, o Android vem recebendo mais atenção e o lançamento de novos apps na plataforma do Google ocorre quase que simultaneamente ao da Apple. Já o Windows Phone demora meses até receber uma novidade que para os outros já é coisa velha. Ao adotar os apps do Android, a Microsoft colocaria um Band-Aid nisso.
Segundo as fontes do The Verge, caso a Microsoft realmente decida seguir adiante, poderá contar com o apoio da Intel e da empresa fabricante de softwares BlueStacks. A Intel tem trabalhado em chips que suportarão dois sistemas operacionais simultâneos, permitindo a utilização do Android e Windows ao mesmo tempo. Já a BlueStacks tem trabalhado em parceria com a AMD para fazer com que aplicativos Android sejam executados dentro do ambiente Windows com o auxílio de um processador ARM incorporado à arquitetura de um dos seus chips.
Ainda não há informações sobre uma possível parceria entre Intel ou BlueStacks e Microsoft. Independente de quem esteja envolvido, uma coisa é certa: a Microsoft terá que tornar isso bem simples para o usuário final. Nem todo mundo é capaz de entender os conceitos de virtualização, tampouco aplicá-los para rodar simples aplicativos. Portanto, qualquer que seja a metodologia adotada, ela terá que ser simples, transparente e indolor ao usuário que está simplesmente buscando por aplicativos para utilizar em seu dispositivo.
Vamos esperar para ver quanto tempo a Microsoft levará para se decidir sobre o assunto, ou se a informação da "fonte confiável" não passa de um boato. Até lá, todos estão com os olhos voltados para a Nokia e o Normandy, o smartphone da empresa e da Microsoft que rodará Android e que cujo objetivo é conquistar mercados emergentes. Oanúncio deve ocorrer no fim do mês, durante a Mobile World Congress 2014.
via: http://canaltech.com.br
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