Espaço: Rover chinês 'voltou à vida', informam autoridades do país
Após uma avaria ocorrida no mês passado, o rover chinês Yutu (ou “Coelho de Jade”, que é o nome do coelho de estimação da deusa da Lua chinesa Chang'e) “voltou à vida”, de acordo com relatório apresentado nesta quinta-feira (13) por autoridades do país. O rover conseguiu resistir às baixas temperaturas das noites lunares durante 14 dias, algo que até então era motivo de preocupação dos cientistas chineses. As informações são do Phys.org.
O problema era visto como um sério revés ao programa espacial de Pequim, que envolve um ambicioso plano militar a prazo – o que inclui a construção de estação em órbita permanente do planeta até 2020 e, eventualmente, levar uma sonda tripulada à Lua. “O rover tem uma chance de ser salvo, já que ainda está vivo”, disse Pei Zhaoyu, porta-voz do programa da sonda lunar da China, de acordo com a agência de notícias oficial Xinhua.
Um relatório anterior havia revelado que uma tentativa de restaurar o veículo da avaria de janeiro havia sido completada na última segunda-feira. O rover experimentou, de acordo com as autoridades chinesas, uma “anormalidade no controle mecânico”, o que deu início às preocupações dos pesquisadores do país quanto à integridade dos equipamentos diante das baixíssimas temperaturas do satélite.
Especialistas ainda estão trabalhando para descobrir as causas da anormalidade no controle mecânico, ainda de acordo com a agência Xinhua. Morris Jones, um especialista australiano em exploração espacial, afirmou em entrevista à AFP que o problema pode ter sido no painel solar do rover. “Isso permitiu que o calor escapasse do rover na noite lunar. O frio provavelmente danificou algumas partes permanentemente, mas parece que outras ainda estão trabalhando", disse.
Pequim considera o programa espacial como um símbolo do crescimento chinês e marco do avanço tecnológico do país, assim como o sucesso do Partido Comunista em reverter a sorte da nação outrora empobrecida. O rover Yutu chegou à superfície da Lua no dia 15 de dezembro do ano passado. O pouso, o primeiro desse tipo em quatro décadas após o último intento da União Soviética, foi motivo de grande orgulho na China.
A China é o terceiro país a realizar uma missão lunar por meio de rover, depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética. O governo do país afirmou que a missão representa “um marco no desenvolvimento da indústria aeroespacial da China sob a liderança do camarada Xi Jinping”, referindo-se ao Secretário-Geral do Partido Comunista Chinês e sétimo presidente da nação.
via: http://canaltech.com.br
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