A empresa chinesa Baidu, dona da segunda maior plataforma de buscas do mundo, oficializou nesta terça-feira sua chegada ao Brasil, embora já mantenha escritório em São Paulo desde 2012. Prestes a lançar um buscador em português, aguardado para 2014 e guardado a sete chaves, a companhia vê oportunidades para diminuir o poderio do Google e equilibrar a internet nacional.
"Alguma coisa está errada por aqui: falta investimento e capital para otimizar o potencial de internet. Queremos trazer competitividade saudável", afirmou o diretor-geral Yan Di em evento realizado em São Paulo. Segundo ele, o Google responde por 91% das pesquisas no mercado brasileiro, contra 70% na média global, participação que pula para 98% quando analisados apenas os dispositivos móveis.
Na China, é o Baidu quem ostenta a confortável posição de líder isolado, supremacia que lhe rendeu o apelido de "Google" local. A plataforma concentra mais de 80% das pesquisas feitas pelos cerca de 650 milhões de internautas e detém a expressiva base de 500 milhões de usuários únicos por dia. O sucesso local é atribuído principalmente à complexidade do idioma, que afugentou concorrentes estrangeiros.
Para o diretor-geral da companhia, a má reputação de produtos chineses no mercado brasileiro, conhecidos como "xing-lings", não deverá ser um impedimento à expansão. Yan Di acredita que os consumidores se acostumam cada vez mais com as soluções asiáticas de boa qualidade e destaca o que chama de "2ª onda de investimentos chineses", focada em serviços em vez de hardware e infraestrutura.
Avesso a promessas, o executivo evita falar em volume de participação na internet brasileira e não revela quanto será investido nos próximos anos. Diz apenas que o país é prioritário e que, neste primeiro momento, pretende estudar o comportamento dos usuários para entendê-los. A experiência será utilizada também para elaborar um modelo de negócios a fim de ganhar dinheiro por aqui, já que todos os produtos são gratuitos.
O algoritmo
Em desenvolvimento há dois anos e ainda em fase de testes, o algoritmo que dá vida ao buscador português se chama Alladin, em referência ao gênio da lâmpada. Segundo Di, que esconde os diferenciais, o sistema será "inovador" e causará "sensação de choque" nos internautas. Conforme já adiantado pelo Olhar Digital, sabe-se apenas que o sistema permitirá o consumo de conteúdo diretamente na página de exibição dos resultados. Veja como deve ser:
Segurança
O Baidu mantém capital aberto na Nasdaq desde 2005 e seu valor de mercado supera os US$ 50 bilhões. O número ajuda a empresa a comprovar independência em relação ao governo chinês, que, segundo Yan Li, não terá acesso aos dados dos usuários brasileiros quando o buscador for lançado e começar a coletar as informações de acesso.
Além de garantir proteção contra a interferência estatal, o executivo cogita a possibilidade de montar um data center no país. Se confirmada, a iniciativa agradaria o governo brasileiro, que tem exigido às empresas de internet estrangeiras o armazenamento local dos dados em meio às discussões do Marco Civil. O investimento melhoraria, ainda, a latência da conexão por causa da proximidade geográfica.
Produtos adicionais
Durante o evento, outros produtos da companhia chinesa ganharam destaque. Baidu Antivírus, Spark Browser (navegador), PC Faster (software para melhorar o desempenho da máquina) Hao123 (portal de notícias) e Du Battery Saver (app para economizar bateria nos celulares Android) estão disponíveis há alguns meses, em português, para instalação gratuita. Três novos aplicativos para Android foram apresentados hoje: Du Speed Booster,indicado para acelerar o desempenho do smartphone, Trust Go, que promete mais segurança nas transações bancárias, e Photowonder, espécie de "Instagram da beleza", com direito a recursos de maquiagem.
Em desenvolvimento há dois anos e ainda em fase de testes, o algoritmo que dá vida ao buscador português se chama Alladin, em referência ao gênio da lâmpada. Segundo Di, que esconde os diferenciais, o sistema será "inovador" e causará "sensação de choque" nos internautas. Conforme já adiantado pelo Olhar Digital, sabe-se apenas que o sistema permitirá o consumo de conteúdo diretamente na página de exibição dos resultados. Veja como deve ser:
Segurança
O Baidu mantém capital aberto na Nasdaq desde 2005 e seu valor de mercado supera os US$ 50 bilhões. O número ajuda a empresa a comprovar independência em relação ao governo chinês, que, segundo Yan Li, não terá acesso aos dados dos usuários brasileiros quando o buscador for lançado e começar a coletar as informações de acesso.
Além de garantir proteção contra a interferência estatal, o executivo cogita a possibilidade de montar um data center no país. Se confirmada, a iniciativa agradaria o governo brasileiro, que tem exigido às empresas de internet estrangeiras o armazenamento local dos dados em meio às discussões do Marco Civil. O investimento melhoraria, ainda, a latência da conexão por causa da proximidade geográfica.
Produtos adicionais
Durante o evento, outros produtos da companhia chinesa ganharam destaque. Baidu Antivírus, Spark Browser (navegador), PC Faster (software para melhorar o desempenho da máquina) Hao123 (portal de notícias) e Du Battery Saver (app para economizar bateria nos celulares Android) estão disponíveis há alguns meses, em português, para instalação gratuita. Três novos aplicativos para Android foram apresentados hoje: Du Speed Booster,indicado para acelerar o desempenho do smartphone, Trust Go, que promete mais segurança nas transações bancárias, e Photowonder, espécie de "Instagram da beleza", com direito a recursos de maquiagem.
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