quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Os prós e contras de ser vigiado por cookies de publicidade na web

Quando você visita sites na Internet e fica impressionado com a exibição de anúncio que, de alguma forma, apontam exatamente para produtos e serviços que você gostaria de ter, não se espante: nada disso é por acaso. De fato, os sites de busca e e-commerce realmente sabem o que você está querendo comprar e querem levá-lo a fazer isso. A técnica utilizada por esses serviços é baseada no armazenamento de dados com os polêmicos cookies.
Biscoitos (cookies) no formato do Android GingerBread, do Google (Foto: Reprodução/Wired)Biscoitos (cookies) no formato do Android GingerBread, do Google (Foto: Reprodução/Wired)

Conheça mais um pouco do assunto e descubra os prós e contras de ser vigiado por cookies de publicidade na web, além de ter seus dados armazenados no navegador de Internet.
Entendendo o que são cookies
Cookie (ou biscoito, em inglês) é um pequeno arquivo de texto que normalmente é transferido para o seu computador após a troca de informações entre o navegador que você está usando e o servidor da página que está visitando. Eles são reenviados a estes mesmos sites quando são visitados novamente, atualizando as informações de navegação como um rastreador.
Os cookies ajudam o web site a se lembrar de informações sobre a visita, como seu idioma preferido, seus últimos cliques, dados de cadastro e outras configurações. Isso pode tornar sua volta ao site mais fácil e a página mais útil para você. É inegável afirmar que eles desempenham um papel importante, afinal, sem eles, usar a web seria um pouco frustrante.
O uso desse recurso serve para manter a persistência de sessões HTTP. Isso ocorre porque o protocolo HTTP (sim, esse que seu navegador usar para você poder navegar na maioria dos sites da Internet) não mantém uma conexão constante. Assim, toda a interação que o seu navegador fizer com um servidor web acarretará em uma nova requisição e resposta.
Por sua vez, cada requisição é independente e possui um tempo de vida (conexão, envio de mensagem, resposta, encerramento da conexão). Normalmente, os navegadores limitam o tamanho dos cookies e apagam aquele que estão com a data de validade “vencida”.
Na prática, o uso de cookies funciona assim: alguns dados resultantes da comunicação entre o navegador e o site são guardados nesse pequeno arquivo para servir de base para algum processamento, ou como “memória” para a próxima vez que você visitar o mesmo endereço. Dessa forma, é possível manter informações suas, como por exemplo, produtos adicionados a um carrinho de compras, lista de desejos e preferências de navegação. E tudo isso é feito sem perder as informações ao mudar de página, sair do site ou até mesmo fechar o browser.
Exemplo de um cookie (Foto: Reprodução/Edivaldo Brito)Exemplo de um cookie (Foto: Reprodução/Edivaldo Brito)
A polêmica
Muito antes de começar a ser usado em publicidade, o uso dos cookies já era bastante questionado por conta das consequências de guardar informações, muitas vezes confidenciais, em computadores que nem sempre podem ser considerados seguros.  Entretanto, isso nunca foi motivo suficiente para impedir seu uso, principalmente pelo fato de ele simplificar algumas tarefas relacionadas a navegação para os usuários na Internet.
Os prós
Com o advento da publicidade online e sua constante evolução, o uso de cookie ganhou novas aplicações tornando-se, então, uma ferramenta indispensável para boa parte dos serviços virtuais. A verdade é que a publicidade online é o que mantém muitos dos sites e serviços gratuitos que são usados atualmente (Google, TwitterFacebook e diversos outros). Trata-se de uma atividade necessária para a sobrevivência da web como a conhecemos.
Serviços como Google, Twitter e Facebook são mantidos por publicidade (Foto: Divulgação)Serviços como Google, Twitter e Facebook são mantidos por publicidade (Foto: Divulgação)
O Google, em sua página sobre “Políticas e princípios”, alega que “os cookies ajudam a tornar a publicidade mais eficaz, e é isso que mantém milhares de sites gratuitos. Sem os cookies, é mais difícil para um anunciante atingir seu público”, defende o gigante de buscas.
O próprio Google, por exemplo, usa cookies para diversas finalidades ao trabalhar com seus parceiros, como por exemplo, para impedir que o internauta veja o mesmo anúncio repetidamente, para detectar e impedir fraude nos cliques e mostrar anúncios que provavelmente sejam mais relevantes baseando-se nos sites que o usuário visitou.
Lojas virtuais de eletrônicos, por sua vez, aproveitam o histórico de cliques dos usuários para oferecer promoções em produtos mais visitados, lembrar que um carrinho de compras está em aberto, avisar quando um produto voltou a estoque, entre outros serviços benéficos. Quem usa buscadores, cotadores de preço, redes sociais e acompanha suas lojas favoritas, certamente, conhece todos os benefícios de fornecer seus dados de navegação online.
Os contras
Infelizmente o maior problema do uso de cookies de publicidade é que o processo não é muito transparente. A menos que você confirme a autorização para cada um dos cookies de uma sessão e veja o que está sendo guardado dentro desses arquivos, não há garantias de que eles estejam sendo usados corretamente. Fora isso, a única garantia do bom uso deles são as regras de conduta listadas em páginas como a de “Políticas e princípios” do Google.
De acordo com a Panda Security, o uso de cookies mal-intencionados na Internet está se expandindo rapidamente, e eles podem estar sendo usados para controlar sua atividade online, supostamente para fins de publicidade direcionada, porém não autorizada. O fato é que com base nos dados capturados com cookies, é possível cruzar dados, categorizar, e até mesmo identificar cada usuário através de uma análise mais profunda das informações.
Também não existe garantia de que os dados coletadas pelas empresa que usam cookies de publicidade estejam sendo usados apenas naquela interação. As informações coletadas peloscookies podem ser compartilhadas indevidamente com outros sites, e tende a afetar a sua privacidade. Um sintoma dessa prática fica perceptível quando, por exemplo, você acessa pela primeira vez um site de música e observa que as ofertas para o seu gênero musical preferido já estão disponíveis, sem que você tenha feito qualquer tipo de escolha.
Como bloquear cookies perigosos?
A boa notícia é que em alguns navegadores, como o Safari e o Firefoxcookies de terceiros serão automaticamente bloqueados. Com essa medida, serão considerados “cookies de terceiros” os que não tiverem sido enviados pelo site que você está acessando. Os banners de publicidade, por exemplo, serão afetados por conta desse recurso e não aparecem.
Talvez você não se importe com o fato de as companhias utilizarem seus dados para lhe entregar um produto personalizado. Contudo, é preciso estar ciente de que nem toda empresa é confiável, e a coleta dos seus dados (mesmo sendo uma exposição involuntária), pode fazer de você um alvo mais vulnerável a ataques ou golpes. Claro que nem todas as empresas abusam do uso das informações, algumas delas conseguem realmente fazer um trabalho bem personalizado sem precisar quebrar a privacidade dos seus internautas.
Aos usuários, por sua vez, resta apenas ficar de olhos bem abertos nessas práticas. Ter uma boa ferramenta de segurança e usar navegadores que coíbem abusos no uso de cookies, é a melhor forma de se precaver contra isso. Claro, observar comportamentos incomuns (exibição de informações que você não forneceu, por exemplo) ao visitar sites também é muito importante para descobrir esse tipo de abuso. Em caso de excesso, as empresas envolvidas podem ser responsabilizadas judicialmente pelas consequências de suas atitudes.
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