sábado, 28 de fevereiro de 2015

O Facebook está nos deixando mais tristes?

Você já teve a sensação de que está passando tempo demais no Facebook? Dados revelados pela empresa no ano passado comprovam que a população brasileira é uma das que mais acessam a rede. São mais de 12 horas por mês entre memes, likes e posts sem sentido. Se por um lado a rede social de Mark Zuckerberg serve para aproximar as pessoas, por outro pode estar contribuindo para um dos males do século 21: a depressão.
Uma pesquisa realizada pela Universidade do Missouri-Columbia, divulgada no início de fevereiro, tem causado polêmica ao associar sintomas de depressão com o uso excessivo da rede social. De acordo com o estudo, o principal motivo para o Facebook estar contribuindo para a proliferação da doença está na inveja.
De acordo com Margaret Duffy, uma das coordenadoras do estudo, os usuários que estão mais propensos a relatarem sintomas da depressão são os que utilizam a rede como “vigilantes”. Este tipo de usuário vasculha o perfil dos contatos e sente inveja ao comparar o estilo de vida e as atividades dos amigos. A pesquisa foi realizada com 700 voluntários.
Este tipo de estudo, que associa o Facebook a casos de depressão, está se tornando cada vez mais comum. Em 2013, uma pesquisa da Universidade de Michigan com 80 voluntários em idade universitária constatou que quanto mais tempo o usuário passa na rede social mais ele tende a ter sintomas da doença.  
A repercussão negativa da notícia fez com que a empresa duvidasse das técnicas utilizadas na elaboração do estudo e encomendasse sua própria pesquisa. Moira Burke, contratada pelo Facebook para integrar uma equipe de pesquisadores, disse ao The Verge que a rede social não pode ser martirizada como a única causa da depressão, pois deve ser levada em consideração a forma como ela é utilizada por cada usuário.

Como é ficar seis meses longe do Facebook

Outro problema que está relacionado à maior rede social do mundo é a procrastinação.  Convenhamos, o furacão de informações que somos bombardeados a cada atualização do feed é no mínimo irresistível. Atire a primeira pedra quem nunca adiou algo importante - como o trabalho da escola ou o relatório do escritório – para passar alguns minutinhos no Facebook.
Para o analista de TI Alexandre Mello, 32, o Facebook estava se tornando um problema ainda maior. Após perceber que a rede social estava prejudicando o seu trabalho, ele decidiu tomar uma decisão radical: aboliu o Facebook da sua vida.
Alexandre conta que decidiu excluir seu perfil após perceber que todo o tempo livre que tinha passava vasculhando o Facebook, e que as notificações constantes no smartphones acabavam deixando ele mais ansioso que o normal. Basicamente, ele usava a rede como todo mundo, para “vasculhar a vida das pessoas”, mas o que mais o prejudicava era o feed de notícias.
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