sexta-feira, 5 de julho de 2013

'Hackatons são uma nova forma de fazer política', afirma palestrante do Fisl14

Em tempos de mobilizações sociais convocadas pela Internet, faz-se necessário debater como a rede pode ajudar no aperfeiçoamento dos governos. Um dos modos é disponibilizar dados públicos sobre o governo à população, através de aplicativos e sites fáceis de usar. Esse foi o tema do painel “Caminhos dos dados abertos no Governo Federal”, realizado no segundo dia do Fisl14 (Fórum Internacional do Software Livre), em Porto Alegre, e que trouxe palestrantes para dividir suas experiências no processo de disponibilização de dados públicos.
VPainel "Caminhos dos dados abertos no Governo Federal" do Fisl14 (Foto: Giordano Tronco/TechTudo)
Não se trata apenas de jogar informação na web. Para Nitai Silva, funcionário público que trabalha na consolidação da Infraestrutura Nacional de Dados Abertos (Inda), a questão é: como organizar os dados de um país inteiro e possibilitar um acesso fácil? A resposta encontrada pelo Ministério do Planejamento foi chamar a população para pensar junto. Juntou-se desenvolvedores, hackers, funcionários do governo e jornalistas para participar de hackatons, maratonas de discussão sobre os problemas do governo e modos de solucioná-los. O projeto resultou no portal dados.gov.br, que reúne, num só lugar, aplicativos de organização de dados públicos pensados e desenvolvidos nesses eventos.
Os hackatons popularizaram-se entre o governo como forma democrática de pensar soluções junto à população. Entusiasta e participante das hackatons, o desenvolvedor Vitor Batista foi campeão de alguns concursos de desenvolvimento de aplicativos organizados pelos ministérios do Governo Federal. Junto com outros programadores, Vitor e seus colegas criaram aplicativos como o Reputação S/A, feito para avaliar a qualidade dos serviços das empresas, e o Escola Que Queremos, que permite ao usuário analisar de forma ágil a qualidade das escolas brasileiras.
Aplicativo Escola Que Queremos (imagem: divulgação)Aplicativo Escola Que Queremos (imagem: Divulgação)
Tais aplicativos foram importantes, mas, para Vitor, não são o principal. "O objetivo dos hackatons é fortalecer a comunidade. É como se fosse uma desculpa para o pessoal trabalhar com esse tipo de informação. Conheci uma porrada de gente no trabalho do Escola Que Queremos. O sucesso não é tanto o que foi criado, mas sim a junção das pessoas."
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