Uma das palestras mais interessantes do segundo dia do 14º Fórum Internacional do Software Livre (Fisl14), em Porto Alegre, abordou uma tendência que está aí e que tem tudo para crescer no futuro: objetos aparentemente não eletrônicos que passam a ter comunicação com a Internet, a "Internet das Coisas".
Arcondicionado, carros, lâmpadas e até privadas. Segundo o analista de projetos do Nic.br, Eduardo Basal Morales, todas essas coisas terão – ou já têm! – conexão com a rede. Não, isso não quer dizer que você vai acessar a página do TechTudo em uma tela na sua geladeira. A Internet nos objetos significa que eles poderão trocar informações entre si, o que permite que as máquinas tomem decisões.
Morales dá um exemplo, meio como piada, mas que é perfeitamente funcional:
"A Internet pode estar na geladeira e numa balança. Quando você passar do peso, a balança vai usar a web para se comunicar e trancar a geladeira" – brinca.
Isso só é possível por conta da recente criação do 6loWPAN, um protocolo que permite fazer a Internet funcionar em dispositivos muito pequenos e simples. É o início da nanotecnologia, que permite criar aparelhos minúsculos para diversas aplicabilidades. Há muita coisa a ser feita: para se ter uma ideia, as versões mais rudimentares do 6loWPAN existem desde 2005, e sua exploração comercial só veio alguns anos depois.
Quer um exemplo já existente de uso da Internet das Coisas? Um inventor chamado Phil Bosua usou o 6loWPAN em lâmpadas para criar o LIFX, uma lâmpada inteligente e controlável pelo celular. Ela muda de cor, reage à música, pisca quando você recebe uma mensagem… Isso além de durar cerca de 25 anos, bem mais do que as melhores lâmpadas do mercado.
Bosua patrocinou sua invenção com financiamento coletivo. Veja o vídeo onde ele explica o LIFX para potenciais investidores:
A Phillips possui uma lâmpada semelhante, a Phillips Hue, que deve chegar em breve ao mercado brasileiro.
Isso tudo é o futuro? Não, é o presente! A empresa de equipamentos de networking Cisco prevê que a Internet das Coisas gerará uma receita mundial de US$ 613 bilhões (algo em torno dos R$ 1,38 trilhão) em 2013, sendo US$ 17,3 bilhões (quase R$ 40 bilhões) só no Brasil.
via tech tudo
0 comentários:
Os comentários serão moderados antes de publicar! respondo todos, obrigado por comentar.