O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior anunciou o lançamento de uma nova plataforma para smartphones que deve reduzir os custos de fabricação, além de oferecer um melhor desempenho, menor consumo da bateria e diminuição do preço dos aparelhos para o consumidor final.
A consulta pública da proposta de fixação do Processo Produtivo Básico (PPB) para a fabricação deste celular inteligente no País é baseada em um chip que agrega mais de 200 componentes. Batizado de "chipão", a novidade ainda não começou a ser usada em nenhuma outra parte do mundo, mas duas grandes fabricantes já estão mostrando interesse em adotar a nova tecnologia.
No Brasil, a ideia do "chipão" resultou de um acordo de entendimento assinado pelos Ministérios do Desenvolvimento, das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com a Qualcomm há pouco mais de um ano. Também faz parte do projeto a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o BNDES.
O coordenador geral de Microeletrônica do MCTI, Henrique Miguel, acredita que como a tecnologia não é exclusiva da Qualcomm e se trata de um projeto piloto com validade até dezembro de 2016, o lançamento mundial do "chipão" deve acontecer em breve.
O texto do Processo Produtivo Básico deve ficar em consulta nos próximos 15 dias e prevê algumas partes de sua formação no Brasil, como a montagem e soldagem de todos os componentes nas placas de circuito impresso, a integração destas placas e subconjuntos, e partes elétricas e mecânicas.
Em relação à fabricação do cartão de memória, 20% da produção e 25% do desenvolvimento de circuitos integrados de memória deverão ser feitos no Brasil. A criação deste novo smartphone também vai contar com os benefícios da Lei de Informática, responsável por reduzir a zero as alíquotas do PIS/Cofins do varejo.
Quem adotar a nova plataforma terá a vantagem de produzir um smartphone com módulo ou componente semicondutor dedicado de alta integração que pode ser contabilizado no cumprimento da obrigação de fabricação de aparelhos celulares com capacidade de recepção de sinais de TV Digital, de acordo com o PPB de terminal portátil e telefonia móvel. O governo exige um percentual de 5% dos celulares produzidos com isenção que tenham a capacidade de recepção de sinal de TV digital.
Miguel ainda diz que o novo projeto de smartphone é disruptivo e deve receber adesão de mais fabricantes a partir da consulta pública, fazendo com que o Brasil saia na frente para testar o uso do "chipão".
Fonte: Mobile Time
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