O Snapchat decidiu cortar o mal pela raiz e passou a bloquear todos os aplicativos de terceiros que usam seu API. A medida – que está sendo tomada em conjunto com a Apple e o Google - foi anunciada na quinta-feira (9) e é uma forma de evitar que o conteúdo transmitido pelo app seja vazado.
Snapchat vai remover acesso de aplicativos de terceiros para aumentar segurança do serviço (Foto: Divulgação/Snapchat)
As mudanças incluem uma alteração nos termos de serviço do Snapchat que obriga seus usuários a utilizarem somente seu aplicativo oficial. Caso alguém seja flagrado com outros programas, esta pessoa vai receber um aviso e, em caso de reincidência, terá sua conta bloqueada. Além disso, a plataforma divulgou seu primeiro relatório de transparência (snapchat.com/transparency) e criou um programa de recompensa para caçadores de bugs.
Segundo o vice presidente de engenharia do serviço, Tim Sehn, a maior parte dos problemas de segurança encontrados envolve abuso de API. “Nós nunca quisemos aplicativos de terceiros na nossa plataforma. Nós criamos um produto no qual é mais importante do que nunca que controlemos a experiência do usuário final, com quem nós temos compromissos”, explica.
Embora os vazamentos não sejam responsabilidade direta do Snapchat, o serviço está interessado no bloqueio para não ter problemas com o FTC – o órgão responsável pela defesa do consumidor nos Estados Unidos. Em 2014, a comissão alertou o aplicativo, apontando que a plataforma “fazia várias representações erradas” sobre seu funcionamento, que incluíam a longevidade de fotos e vídeos.
Na época, o Snapchat estava com a reputação abalada após um ataque hacker a seus servidores ocorrido no último dia de 2013, quando 4,6 milhões de nomes de usuário e seus telefones foram vazados. “Se uma empresa aponta que seus diferenciais são a privacidade e a segurança, é crítico que ela possa manter estes compromissos”, afirmou a diretora do FTC, Edith Ramirez.
O aplicativo voltaria a ter problemas em outubro daquele ano, quando mais de 100 mil fotos – que já deveriam ter sido apagadas – foram espalhadas na Internet. Estes arquivos estavam armazenados no site Snapsaved.com, um serviço que usava o API do Snapchat para salvar conteúdo.
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