domingo, 12 de abril de 2015

Pendrive capaz de tornar monitores e TVs em computador

Google diz que Chromebit é "computador completo" em tamanho menor que uma barra de chocolate

O Google anunciou nesta semana seu "computador em forma de pendrive", aumentando a concorrência no mercado de produtos de preço baixo e voltados para o público infantil. O Chromebit, feito em parceria com a empresa taiwanesa Asus, é como um pendrive, mas em tamanho um pouco maior, capaz de tornar monitores e TVs em computadores, se plugados em suas entradas HDMI.
Segundo a empresa, o Chromebit é "menor do que uma barra de chocolate" e um "computador completo, por menos de US$ 100 (R$ 315)". A previsão é de que o aparelho esteja à venda até o final do ano.

Também foi anunciado o mais barato laptop do modelo Chromebook, por US$ 149 (R$ 490).

Os lançamentos devem intensificar a concorrência com a Microsoft, que também nesta semana revelou seus planos de lançar um híbrido de tablet e laptop básico.

"Esse setor vive um boom no momento", diz Chris Green, analista de tecnologia na consultoria Davies Murphy Group.

"Com a queda dos custos de hardware, escolas querem que as famílias equipem seus filhos com um computador próprio ─ a ideia do BYOD (em inglês, sigla que significa "traga seu próprio aparelho" de informática à escola). Isso levou as empresas a criar laptops básicos, de baixo custo, que os pais possam comprar para seus filhos e para si mesmos."

Educacional

O Google prometeu não exibir anúncios publicitários para crianças que usem o software educacional provido por sua plataforma Chrome e não cobrará fabricantes que decidam usar seu sistema operacional. A plataforma também é projetada para guardar na nuvem a maioria dos arquivos do usuário.

Especialistas acreditam que a fidelização de potenciais futuros clientes explica o interesse da empresa no público infantil.

"O objetivo-chave tanto para o Google quanto a Microsoft é colocar sua marca e seus serviços diante das crianças, para construir (uma relação de) lealdade desde cedo", opina Ronan de Renesse, especialista em consumo tecnológico na consultoria Ovum.

"Também é uma boa maneira de saber se vale a pena levar esses aparelhos para mercados emergentes, onde eles poderiam ser usados fora do ambiente educacional, por pessoas de baixa renda."

Por enquanto, o Google diz que o Chromebit e os novos modelos do Chromebook serão limitados ao mercado americano, mas que há interesse em ampliar seu mercado no futuro.

Segundo a empresa de pesquisas de mercado Gartner, foram vendidos no ano passado mais de 5 milhões de Chromebooks e desktops com sistemas Chrome, e a perspectiva é de que esse número suba para quase 8 milhões neste ano e 16 milhões em 2018.

E, recentemente, tanto a Intel como a Hannspree lançaram "PCs em forma de pendrive" com sistemas Windows, ainda que por um preço um pouco maior. Os aparelhos, no entanto, exigem que seus donos tenham telas, teclados e outros dispositivos periféricos.

"As pessoas parecem gostar da ideia de ter um computador pequeno que lhes permita navegar na web, fazer streaming e outras tarefas em uma tela grande, mas que possa ficar guardado quando necessário", diz Green.

"O setor (de custos superbaixos) ainda representa uma parte relativamente pequena do mercado de PCs, mas está crescendo rápido", diz Renesse. "O importante é oferecer preços baixos. Mas isso tem de ser equilibrado com o fato de que os EUA ainda são um mercado com consumidores exigentes, mesmo dentro de escolas."


Fonte: IG Tecnologia
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