quinta-feira, 5 de março de 2015

Google quer diminuir as "notícias fake" em seus resultados de buscas

Google
Sabe aquela "notícia" bombástica que todo mundo sai compartilhando nas redes sociais e depois descobre que tudo não passava de uma farsa ou de algo que ocorreu há muito tempo? O Google vem trabalhando numa maneira de evitar essas "mentiras da Internet" e criar um ranking de páginas baseado em fatos e não apenas na relevância das buscas e dos links.

Segundo o Business Insider, os pesquisadores de Mountain View acreditam que podem "limpar a web" e transformar a veracidade como prioridade do ranking na busca de termos. As notícias falsas têm aumentado nas últimas temporadas - o BuzzFeed chegou a listar 35 das histórias que enganaram bastante gente em 2014 - e, em alguns casos, a disseminação dessas informações tem causado problemas para as pessoas citadas nesses casos.

Às vezes, "notícias fake" podem ser uma diversão inofensiva, como no caso do site Sensacionalista, que promove, de propósito, absurdos em tom sério, como se fosse de um jornal real. Embora seja brincadeira, esses links acabam ganhando uma popularidade desproporcional e ganhando posição de destaque no ranking de buscas do Google. É o caso, por exemplo, de um site de vacinação que sempre aparece entre os primeiros resultados de busca pela palavra "vaccination", em inglês. Ao acessá-la, o usuário é bombardeado com informações equivocadas e prejudiciais às crianças.

Essencialmente, o Google classifica as páginas da web de acordo com o número de conexões que elas recebem. O pressuposto é que, quanto mais links uma página tem, mais importante ela deve ser na web. O algoritmo foi ajustado e modificado centenas de milhares de vezes ao longo de todos esses anos, contudo o acesso aos links ainda determina o ranking dos sites numa pesquisa. Por isso, os engenheiros do Google pretendem modificar os cálculos periodicamente para ter certeza que o retorno das buscas é de alta qualidade e não apenas dos sites mais populares.

Para acabar com as mentiras populares, o Google criou um método que mede a "veracidade" de uma página, ao invés de seu alcance online. Um post num blog pode ter bastante reputação, mas isso nem sempre significa que ele é factual. Segundo publicação da New Scientist, ao invés de contar os cliques recebidos, o novo sistema da companhia pode contar o número de fatos reais na página. Cada fonte é analisada para saber quantas "mentiras" contém e isso é usado num placar do chamado ranking de "Confiança baseada no Conhecimento" ("Knowledge-Based Trust").

Com isso, o Google armazena todas as informações qualificadas no que chama de "Knowledge Vault", uma espécie de "caixa-forte" dos dados checados e legítimos. Esses dados, segundo a empresa, não são utilizados em nenhum projeto específico, a não ser o da própria pesquisa.

"Não temos nenhum plano específico para implementar (o Knowledge Vault) em nenhum de nossos produtos. Publicamos centenas de pesquisas todos os anos", disse ao Business Insider. Quem quiser saber mais sobre o assunto, há um trabalho disponível online publicado na Cornell University.


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