Em dezembro uma passageira do Uber na Índia relatou que foi estuprada pelo motorista da empresa. A acusação resultou no banimento do serviço no país e tem refletido negativamente na imagem do Uber em diferentes partes do mundo onde a empresa está presente. Agora, a vítima do estupro entrou com uma ação judicial contra o serviço em um tribunal federal americano. As informações são da Reuters.
A ação foi instaurada nesta quinta-feira (29) com a vítima alegando que a empresa não conseguiu manter procedimentos básicos de segurança. A mulher reside em Nova Delhi e não teve sua identidade revelada.
O Uber optou por falar sobre o caso por um comunicado, mas não citou diretamente a ação judicial movida pela indiana. Segundo a empresa, ela está cooperando plenamente com as autoridades para garantir que o responsável pela violência seja levado à justiça. “Nossas mais profundas condolências permanecem com a vítima deste crime horrível”, afirmou a empresa.
Os problemas do Uber na Índia têm reflexos gigantes na empresa. O país é o maior mercado fora dos Estados Unidos, considerando o número de cidades que oferecem o serviço de motorista e o valor do mercado de rádio táxi no país é estimado entre US$ 6 bilhões e US$ 9 bilhões.
O caso de estupro provocou protestos e motivou a retomada de debates sobre a segurança das mulheres no país, que é historicamente conhecido pelos casos de violência contra mulheres, principalmente na capital Nova Delhi, que já foi apelidada de capital do estupro da Índia.
Após as acusações da passageira e a prisão do motorista, a Índia proibiu o serviço de operar na capital do país, mas na semana passada a empresa teria pedido uma nova licença de rádio-táxi e voltado a atuar na cidade. Segundo o Uber, a empresa não ficaria com nenhuma comissão dos motoristas de Nova Delhi até que haja esclarecimentos sobre a atuação do serviço na cidade.
Segundo a mulher, ela foi estuprada e espancada no início de dezembro após solicitar uma condução com um motorista do Uber. Ela pede que as práticas de segurança do Uber sejam revisadas e incluam suporte 24 horas aos clientes e câmeras de vídeo dentro dos carros.
A vítima ainda alega no processo danos não especificados do serviço. O advogado que está representando a mulher é Douglas Wigdor, conhecido por alguns casos famosos como da funcionária de um hotel que acusou o ex-chefe do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, de agressão sexual.
Após o caso o Uber afirmou que iria adotar medidas de segurança adicionais, como verificações mais rigorosas de seus motoristas e um botão de emergência no aplicativo. Mas os problemas da empresa estão se espalhando e no início deste mês usuários de Chicago alegaram que os motoristas do serviço têm assaltado clientes durante as viagens.
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