Pokémon, o jogo de luta entre monstrinhos colecionáveis, é uma das maiores franquias de todos os tempos nos videogames e um dos carros-chefe da Nintendo até os dias de hoje. Aliando um título extremamente divertido a um desenho animado que sempre traz novos jogadores para a série, Pokémon parece ter descoberto a fórmula do sucesso. Confira algumas das maiores curiosidades sobre essa grande franquia.
Conheça algumas das maiores curiosidades da franquia Pokémon (Foto: Divulgação)
A origem de Pokémon
A ideia de pegar animais e colocá-los para lutar pode parecer um pouco estranha, ou até ilegal, para o mundo ocidental. No Japão, porém, é comum que crianças peguem insetos e os coloquem para brigar uns com os outros por diversão.
O criador da série, Satoshi Tajiri, inclusive tirou a ideia da evolução dos monstros de uma lagarta de estimação que acabou virando uma borboleta. Há uma referência a essa história com o pokémon Caterpie, o qual evolui para o casulo Metapod e então para a borboleta Butterfree.
No Japão há séries inteiras dedicadas a batalhas de insetos, como Mushiking (Foto: Divulgação)
Outro ponto curioso é que inicialmente os Pokémons se chamariam Capsule Monsters (Monstros de Cápsula), baseados nos brinquedos tipo Gashapon do Japão, onde coloca-se algumas moedas e uma miniatura é liberada dentro de uma pequena cápsula. Eventualmente foi feita a opção por Pocket Monsters (Monstros de Bolso), abreviado Pokémon.
Memórias de Pokémon Red e Blue
Provavelmente ninguém poderia ter previsto o sucesso que Pokémon Red e Pokémon Blue se tornariam em sua época, marcando toda uma geração com memórias inesquecíveis. As memórias dos cartuchos originais do GameBoy, no entanto, apenas duram 15 anos. Conforme Pokémon comemorava seu décimo quinto aniversário, muitos jogadores tiveram que dar adeus para sempre a sua grande aventura.
A bateria que guardava os dados de Pokémon Red e Blue durava 15 anos (Foto: Divulgação)
MissingNo.
Um dos maiores mistérios da história de Pokémon, MissingNo era um bug que acontecia em Pokémon Red e Blue ao se realizar uma série de ações aparentemente sem relação. Quando isso ocorria, jogadores eram confrontados com um estranho defeito gráfico, o qual estaria supostamente no nível 175, apesar de o jogo limitar a evolução dos Pokémons até o nível 100. Não só isso, MissingNo também multiplicava seus itens, duplicando até mesmo a rara Master Ball. Seu nome vem da expressão “Missing Number” (número faltando), apontando o erro de programação.
MissingNo. se tornou uma das grandes lendas de Pokémon (Foto: Divulgação)
O fim de Pokémon
Após o grande sucesso de Pokémon Red e Blue, a produtora começou seu trabalho em Pokémon Gold e Silver, capítulos que seriam quase tão idolatrados quanto os originais. O que poucas pessoas sabem, no entanto, é que a série seria terminada nesses jogos. Gold e Silver seriam o fim de Pokémon. Com certeza a popularidade da série não permitiu que esse fosse o caso.
Pokémon Gold e Silver quase foram o capítulo final da famosa franquia (Foto: Divulgação)
Quando Pokémon Gold e Silver foram apresentados pela primeira vez a cidade inicial do jogo era completamente diferente da versão final. Tratava-se de um local isolado, chamado Silent Hills. Provavelmente a produtora optou por trocar o nome da cidade após o lançamento da série de terror Silent Hill da Konami. Porém, não se sabe por que sua localização também foi trocada.
Cidade de Silent Hills foi descartada de Pokémon Gold e Silver (Foto: Divulgação)
O episódio de Porygon
Antes de Pokémon atingir seu estado de febre mundial, o desenho já havia ficado conhecido por um estranho acontecimento no Japão. Durante a exibição do episódio Denno Senshi Porygon (Soldado Elétrico Porygon), baseado no pokémon Porygon, uma cena exibiu uma série de luzes alternantes que desencadearam crises epiléticas em mais de 600 crianças japonesas, algumas sem qualquer histórico prévio de epilepsia. O episódio foi "vetado" da série.
Pokémon causou crises epiléticas com o episódio dedicado a Porygon (Foto: Divulgação)
Pikachu temperamental
Uma curiosidade bastante conhecida está no jogo Hey! You, Pikachu para Nintendo 64. Nele, é possível conversar com o monstrinho utilizando um microfone, ajudando-o a realizar tarefas ao dar ordens usando certas palavras. Porém, se você usar o nome do concorrente “PlayStation”, Pikachu ficará tão zangado que irá explodir em raios.
Homenagens na ciência
Algumas vezes o nome Pokémon foi homenageado no meio científico, com resultados diversos. Cientistas batizaram uma proteína que ajuda a carregar impulsos elétricos dos olhos para o cérebro, de Pikachurin, em referência ao monstrinho amarelo. Porém, a Pokémon Company quase processou um centro de pesquisa que chamou um gene de Pokémon, após perceber que este gene, agora chamado ZBTB7, havia se provado relacionado ao câncer.
Pokémon recebeu algumas homenagens na ciência, nem sempre positivas (Foto: Divulgação)
Operación Pokémon
Muitas vezes pensamos que apenas o Brasil tem casos de corrupção na política, mas a Espanha sofreu de um mal semelhante. A Operación Pokémon era uma investigação da polícia espanhola visando prender vários políticos envolvidos em irregularidades. No entanto, eram tantos os acusados, que a operação foi batizada de Pokémon, pela quantidade de monstrinhos e pelo lema “Temos que pegar todos!”.
Operación Pokémon prendeu vários políticos corruptos na Espanha (Foto: Divulgação)
Entortador de colheres
Durante o ápice do desenho Pokémon, um ilusionista chamado Uri Geller, que constantemente fazia o truque da colher que entorta, tentou processar a Nintendo, afirmando que o monstro Kadabra, um pokémon psíquico que anda sempre com uma colher na mão, era baseado nele.
Não ajudava muito na defesa da empresa o fato de que o nome original do pokémon era Yungerer. O processo não foi adiante, mas a carta do Kadabra no jogo de cartas Pokémon TCG chegou a ter sua circulação interrompida por isso.
Uri Geller processou a Nintendo devido a semelhança com o pokémon Kadabra (Foto: Divulgação)
Nova York e Los Angeles
No Japão os Pokémons Koffing e Weezing, basicamente cabeças flutuantes que ficam expelindo fumaça tóxica, eram chamados NY e LA. Os nomes eram referências às Cidades de Nova York e Los Angeles, conhecidas por terem seu ar extremamente poluído. Obviamente os nomes tiveram que ser mudados para a versão norte-americana.
Koffing e Weezing são referências a Nova York e Los Angeles (Foto: Divulgação)
Red e Ash
Ao ver Pokémon Red e Blue pela primeira vez, é natural presumirmos que os personagens do jogo sejam Ash e Gary, do desenho animado Pokémon. No entanto, eles foram apenas baseados neles. Há mangás inteiros da série Pokémon dedicados apenas ao personagem Red original, um treinador determinado e cheio de malandragem, bem menos inocente e fanfarrão do que Ash.
Red e Ash são personagens diferentes com algumas semelhanças (Foto: Divulgação)
Velho bêbado
Logo no início da aventura há um velho deitado no chão bloqueando o caminho e ele diz que não irá sair de lá até ter tomado seu café matinal. Isso era para impedir que o jogador fosse longe demais antes de ter tudo que precisasse. Porém, poucas pessoas sabem que no jogo original japonês, este velho estava bêbado e só iria levantar depois que ficasse sóbrio. A Nintendo achou que isso não ficaria bem na versão ocidental.
Velho no meio do caminho no original japonês estava bêbado (Foto: Divulgação)
Música amigável
Uma curiosidade sobre a trilha sonora de Pokémon Gold e Silver é que a maior parte dela foi composta em um computador muito antigo, um Amiga. Conhecido pela sua aptidão em trabalhar com formatos multimídia, as músicas eram compostas no computador, convertidas para MIDI e então convertidas novamente para o formato do jogo.
Antigo computador Amiga era usado para compor músicas de Pokémon (Foto: Divulgação)
Muito antes de Joel e Ellie se aventurarem em The Last of Us, Pokémon já mostrava uma história parecida com o monstro Paras. Ele é uma espécie de caranguejo com cogumelos nas costas e evolui em Parasect. Nessa evolução, o cogumelo fica gigante e passa a controlar o pokémon.
Paras e Parasect protagonizam uma história bem estranha no mundo de Pokémon (Foto: Divulgação)
Pode até parecer que se trata apenas de uma daquelas histórias de terror da internet, mas é possível confirmar isso na Pokédex original e ao comparar os olhos de Paras e Parasect, que em sua evolução ficam completamente vazios. Ambos os jogos se inspiraram em um conhecido fungo que “zumbifica” formigas.
Fonte: TechTudo.
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