Desde que o Megaupload acabou, Kim Dotcom já foi preso e intimado pela justiça e agora tenta se legitimar no mercado. Para isso, ele abriu um novo serviço de armazenamento na nuvem, o Mega, onde diz supervisionar para que apenas conteúdo legítimo seja postado, e, em 2013, também deu início ao Baboom, um novo serviço destreaming de música. Mas, segundo ele mesmo, essa indústria o odeia e, pouco mais de um ano depois de fundar o serviço, ele anunciou que está deixando a companhia.
O movimento é, na verdade, uma busca por melhores relações com artistas e gravadoras. A reputação de Dotcom o precede e ele não parece ser uma das melhores pessoas para se negociar, estando envolvido em graves processos, novas ameaças de prisão e até procedimentos de extradição (atualmente ele mora na Nova Zelândia) movidos justamente por muitas das empresas que, hoje, ele gostaria de ver ao lado do Baboom.
O foco do serviço, porém, é um pouco diferente. Em vez de tentar ser uma plataforma tradicional, aos moldes do Spotify ou Pandora, por exemplo, a novidade quer trabalhar de forma mais independente. A ideia é que os artistas coloquem suas canções de maneira individual no serviço e boas somas de dinheiro sejam pagas por isso, ao contrário dos centavos de royalties que são entregues pela concorrência. A ideia é boa, mas nenhuma novidade desse tipo sai do chão sem grandes hits e artistas e, ao que tudo indica, era justamente isso que a presença de Dotcom na empresa vinha dificultando.
No ar desde o começo deste ano, o Baboom conta hoje com um único artista: o próprio fundador. O lançamento de seu álbum musical, Good Times, serviu como um teste para o serviço, para mostrar a todos a infraestrutura que já está pronta e o que ela tem a oferecer.
Citado pelo jornal The Guardian, o diretor do Baboom, Grant Edmundson, disse que mudanças de liderança e gerenciamento são comuns na evolução de qualquer companhia e que isso não é diferente na empresa. A separação acontece de forma amigável, com Dotcom tendo vendido sua participação de 45% na companhia. Desde 2013, ele vinha se dedicando inteiramente a ela, tendo deixado seu trabalho de principal executivo do Mega.
Agora, o serviço de música segue para uma nova etapa e quer arrecadar US$ 3,8 milhões em uma rodada de financiamento para começar a operar de verdade. O lançamento continua previsto para o primeiro semestre de 2015 e, sem a presença de Kim Dotcom, parece que os planos começarão a andar.
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