Com a nova arquitetura Maxwell, a NVIDIA contesta a teoria de conspiração de que o homem não pisou na Lua em 1969 e fornece provas de que o evento realmente aconteceu. A tecnologia está presente nas recém-anunciadas unidades de processamento gráfico (GPUs) GTX 980 e GTX 970.A fabricante criou, então, uma réplica visual do ponto de aterrissagem da Apollo 11 por meio do motor gráfico Unreal Engine 4.
A Maxwell apresenta o sistema Voxel Global Illumination, um algoritmo avançado que permite renderizar a iluminação de um ambiente levando em conta o reflexo da luz em objetos. Isso é importante porque as fontes de iluminação são um dos principais pontos questionados sobre a viagem do homem à Lua.
Por exemplo, uma das fotos contestadas, registrada pelo astronauta Neil Armstrong, mostra o colega Buzz Aldrin descendo da capsula lunar. Ela foi registrada na parte do módulo que não está sendo iluminada diretamente pelo Sol, o que leva muitas pessoas a acreditarem que a imagem deveria ser mais escura, o que indicaria a existência de diversas fontes de luz no local.
Quando a NVIDIA terminou de desenvolver o modelo em 3D de reprodução do acontecimento histórico, mas sem a adição da iluminação refletida, o resultado foi o esperado: a cena, vista do ponto de vista de Armstrong, era totalmente escura.
O modelo usado pela empresa permite alterar a intensidade da reflexão da luz para observar vários cenários diferentes. Para garantir que o experimento fosse bem sucedido, a equipe precisou pesquisar diversas características da lua, que são diferentes da Terra.
Uma delas é a própria capacidade de reflexão. A luz emitida pelo Sol é de 128.500 lux (lumens por m²), que atinge a lua com maior intensidade devido à falta de atmosfera. O satélite, por sua vez, é capaz de refletir apenas 12% da luz recebida, o que pode parecer pouco, mas o modelo comprovou ser o suficiente para iluminar Aldrin mesmo na sombra do módulo lunar.
Apesar de melhorar a visão do astronauta, a equipe da NVIDIA se deparou com um novo problema: a iluminação obtida não era tão intensa quanto a da fotografia original. A solução foi encontrada ao se pesquisar em outros materiais. Um vídeo gravado pelo astronauta Michael Collins ao mesmo tempo em que a tal foto foi registrada, mas do outro lado do módulo, mostrava um objeto luminoso.
A análise do vídeo mostrou que esse objeto era o próprio Neil Armstrong. A luz era refletida do Sol pela própria roupa do astronauta, que era feita de materiais capazes de reflexão de 85%. Ao adicionar esse dado ao modelo, a iluminação de Aldrin melhorou, chegando aos mesmos resultados da foto original.
A NVIDIA também demonstrou a falsidade de outra suposta evidência da teoria conspiratória. Segundo ela, as fotos seriam uma farsa porque não é possível ver estrelas no céu. Na verdade, a empresa explica que isso ocorre devido às configurações de exposição do filme.
O brilho do Sol, visto da Lua, é muito intenso, o que obrigou os astronautas a usarem uma abertura pequena – o que faz com que pouca luz entre na câmera – para evitar que a foto fique superexposta. Dessa forma, o brilho das estrelas não é forte o suficiente para aparecer na foto, de acordo com a companhia. A NVIDIA prepara uma nova versão do modelo, que deve ser disponibilizada para os usuários nas próximas semanas. Confira o vídeo que mostra como o processo foi feito:
Fonte: TechTudo.
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