A evolução dos tocadores de música já completou mais de um século de trajetória. O primeiro passo nessa linha do tempo foi dado pelo grande inventor americano Thomas Edison, em 1877, ao criar o fonógrafo. Ao longo dos anos, os players foram se tornando cada vez mais compactos, e as formas de armazenamento de áudio também foram sendo aprimoradas. Confira, abaixo, a história dos dispositivos que fazem a trilha sonora de nossas vidas.
O gramofone, pai do vinil, inventado em 1888, por Emil Berliner (Foto: Reprodução/Escutecomigo)
Por definição, fonograma é a superfície física em que um som está gravado, como um CD ou um vinil. Esse conceito, hoje em dia um tanto quanto ultrapassado graças a plataformas de streaming, ainda rege muitas das leis sobre distribuição de músicas.
Fonógrafo
O conceito de fonograma surgiu do fonógrafo. Ele foi o primeiro aparelho funcional capaz de gravar e reproduzir um som registrado na hora, de maneira totalmente mecânica. No começo, era possível utilizar o equipamento para apenas três ou quatro gravações, pois o mesmo se deteriorava. Com o passar do tempo, novos materiais foram usados na composição da placa cilíndrica do fonógrafo, aumentando a durabilidade e o número de utilizações.
Gramofone
Dada a largada, o que se seguiu foi uma sucessão de inovações que possibilitaram o crescente armazenamento de áudio. O gramofone, inventado pelo alemão Emil Berliner em 1888, foi a próxima evolução natural, utilizando um disco em vez da placa cilíndrica. O áudio era literalmente impresso por meio de uma agulha nesse disco, composto de diversos materiais, e reproduzido pela agulha do aparelho, decodificando as “rachaduras” do disco em áudio. O aparelho pode ser considerado o pai do vinil.
Fita magnética
Se você pensa que o próximo passo no caminho natural seria a criação dos discos de vinil, está enganado. Antes disso, por volta do fim da década de 1920, surgiram as fitas magnéticas, patenteadas pelo alemão Fritz Pfleumer. Elas tiveram uma considerável importância na história da música, principalmente na gravação de áudio, pois, para a época, permitiam uma ótima qualidade e portabilidade extrema. Além disso, a invenção possibilitava a gravação de dois ou mais áudios gravados em fitas diferentes, com a posterior capacidade de uni-los em uma só fita. A esse processo se dá o nome de mixagem.
Disco de vinil
No fim da década de 1940, chega ao mercado o disco de vinil, material feito principalmente de PVC, que registrava a música em microrrachaduras no disco. Posteriormente, os vinis eram reproduzidos por um toca-discos por meio de uma agulha. Eles já eram comercializados antes disso, mas o disco era feito de goma-laca, material que ocasionava muitas interferências e uma qualidade um tanto duvidosa. Por serem maleáveis, compactos e com capacidade para quase uma hora de gravação, os discos de vinil se tornaram extremamente populares nas décadas subsequentes, perdendo espaço somente após o surgimento dos CDs, na década de 1980.
O Vinil foi um importante avanço para mercado fonográfico (Foto: Reprodução/Tenhomaisdiscosqueamigos)
Fita cassete
A fascinante fita cassete que reinou dos anos 1970 aos 1990 surgiu da inovação permitida pelas suas parentes mais antigas. Elas são um padrão de fita magnética que foi criada em meados de 1960 pela Philips, constituída por dois rolos de fita e todo o mecanismo para movimentação dentro de uma caixa plástica, facilitando e muito a vida de todo mundo. Originalmente, os cassetes compactos de áudio foram lançados com fins exclusivamente sonoros, mas posteriormente ficaram famosos pela capacidade de gravar vídeos também, com fitas maiores.
A popular fita cassete (K7), que foi substituída pelo CD mais tarde (Foto: Reprodução/Fitavhsparadvd)
Walkman
Em 1979, chega a nossas mãos (e ouvidos) o pai do iPod e mp3 players, o Walkman, da Sony. Primeiro reproduzindo fitas e depois CDs, a invenção possibilitou levar a música para onde você quisesse. Bastava colocar sua fita favorita e criar a trilha sonora de suas caminhadas pelo parque.
O pai do iPhone, Walkman, criado pela fabricante japonesa Sony (Foto: Reprodução/Fansided.com)
CD
Na década de 1980, chega ao mercado uma das maiores inovações no armazenamento de mídia: o CD (Compact Disc). Compacto, durável, com um preço acessível e extremamente poderoso, conseguia gravar até duas horas de áudio em um qualidade nunca antes vista. Foi extremamente popular desde então, sendo ainda um padrão para a indústria fonográfica, com uma grande taxa de vendas ainda hoje em dia. Derivado dele, surgirou o DVD, aumentando ainda mais a capacidade de armazenamento e qualidade do som, acompanhando as evoluções no conceito Surround.
O CD representou uma das maiores inovações do segmento (Foto: Reprodução/Wikimedia)
Áudio digital
Ao lado do CD, o áudio digital já se tornava maduro o suficiente para participar do próximo passo na evolução de armazenamento de áudio. Os computadores se tornavam cada vez menores, e os HDs adquiriram mais espaço, possibilitando armazenar dias e dias de música com grande qualidade. Muitos computadores passaram a dispor de leitores e gravadores de CDs, permitindo ouvir seus discos preferidos e até gravar os seus próprios.
Dispositivos de armazenamento portáteis
Cartões de memória, pendrives e outros periféricos ditariam o ritmo para a indústria fonográfica, culminando na última fronteira para armazenamento ou compartilhamento de áudio nos dias atuais.
Streaming
A tecnologia de streaming ("fluxo de mídia" em tradução literal) permite a execução de áudio e vídeo em tempo real sem a necessidade de transferência do arquivo para o computador. O recurso é um obstáculo para a legislação brasileira de direitos autorais, pois o arquivo protegido pode ser diluído, sem licença, entre diversas máquinas.
Serviço permite ouvir músicas online direto do computador (Foto: Reprodução/Appadvice)
Sites como SoundCloud e Myspace e programas como Spotify ditam as novas diretrizes para armazenamento e compartilhamento de áudio e música. Muitos artistas, independentes e veteranos da indústria hoje em dia já se aventuram nesse novo mercado, que cada vez mais cresce no mundo. Diferentemente do antigo processo, onde uma gravadora regia os contratos e diretrizes do trabalho (muitas vezes artístico também), o atual contato do músico com seu ouvinte é cada vez maior.
Muitos desses serviços são gratuitos, com opções para a compra de uma conta premium, concedendo garantias como fim de visualização de anúncios e restrições ampliadas na reprodução das faixas, além de uma melhoria na qualidade do som.
Fonte: Tech Tudo.
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