Tem se tornado comum em todo o mundo a divulgação de fotos íntimas, principalmente de mulheres, após o término de relacionamentos. As fotos tiradas ainda durante o namoro acabam se tornando públicas sem o consentimento, com o objetivo de difamar o antigo parceiro.
Para inibir a prática, ou pelo menos fornecer uma opção para casais que não querem correr o risco, foi desenvolvido o aplicativo Disckreet. Ele exige duas senhas, uma de cada parceiro, na hora de registrar e acessar os conteúdos íntimos. O app foi lançado na AppStore em julho e até o momento só está disponível para dispositivos iOS por US$ 0,99, ou R$ 2,20.
O desenvolvedor é um australiano de 36 anos chamado Antony Burrows. Ele afirma que criou o aplicativo para que os usuários tenham controle sobre a própria privacidade e encontrem uma maneira segura de registrar momentos íntimos.
O aplicativo funciona da seguinte maneira: a primeira vez que ele é inicializado, é pedido que o primeiro usuário escolha uma senha. Depois é necessário que a segunda pessoa digite outra senha no mesmo dispositivo. Então, todas as vezes que o casal desejar fazer login no app os dois devem inserir suas senhas.
Os dados ficam salvos no aparelho e não são enviados para a internet. O Disckreet também permite a importação do conteúdo de outros programas, como vídeos e fotos, permitindo expandir a segurança para arquivos que você já tenha salvado, por exemplo. Caso o relacionamento acabe e você deseje apagar todo o conteúdo salvo no app, é possível deletar tudo sem o uso da combinação de senhas.
Inicialmente, o australiano cogitou permitir que o app pudesse funcionar com mais de duas pessoas, gerando uma quantidade maior de senhas. No entanto, desistiu da ideia por acreditar que este tipo de recurso seria mais usado por casais e poderia deixar o aplicativo mais complicado para a maior parte do público-alvo.
O Disckreet é mantido por duas pessoas – Burrows, que é responsável pelo desenvolvimento e plano de negócios, e por sua esposa, responsável pelo marketing e relacionamento com a imprensa. O casal não divulga o número de downloads do app, mas afirma que o maior número de usuários está nos Estados Unidos. Por lá, segundo estudo da McAfee em 2013, um em cada dez norte-americanos ameaçou vazar fotos ou vídeos íntimos do antigo parceiro.
Em 60% dos casos, o conteúdo chegou a ser publicado. No Brasil, um mecanismo de defesa é o Marco Civil em vigor desde 23 de junho. No entanto, as práticas previstas no Marco visam a retirada do material do ar pelo provedor de aplicações, que neste caso já teria sido divulgado.
O objetivo do casal, agora, é expandir o Disckreet para a plataforma Android.
Matéria completa: http://canaltech.com.br
0 comentários:
Os comentários serão moderados antes de publicar! respondo todos, obrigado por comentar.