Após diversas reuniões e assembleias, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) aprovou nesta segunda-feira (30) um reajuste salarial de 7,5% para os trabalhadores da categoria do Estado de São Paulo. Como informa o pessoal da revista INFO, foram atendidas as principais exigências do sindicato, entre elas o reajuste salarial, a obrigatoriedade de apresentação de proposta de Participação em Lucros e Resultados (PLR), vale refeição de até R$ 15 e aumento de 8% para os pisos salariais.
Todas as conquistas são retroativas a 1º de janeiro, data base da categoria. As empresas também ficam obrigadas a pagar o dia de greve dos trabalhadores, aprovada por mais de 800 profissionais de TI paulistas, realizada no dia 21 de fevereiro. Além disso, está garantida a estabilidade de 90 dias após o julgamento do chamado dissídio coletivo para os funcionários.
"É uma grande vitória para os trabalhadores da categoria. Foram diversas tentativas de acordo, mas o sindicato patronal foi inflexível durante toda a negociação, utilizando justificativas irreais como crescimento baixo do setor. Espero que agora eles entendam que o profissional quer ser respeitado e valorizado", afirma Antonio Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd).
À espera do julgamento do TRT desde fevereiro, o Sindpd fechou mais de 500 Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) diretamente com as companhias de TI. Esses ACTs já beneficiaram milhares de empregados com as exigências do sindicato, além da manutenção das demais cláusulas econômicas e sociais do acordo anterior.
"Com esses mais de 500 acordos assinados conseguimos provar que o sindicato patronal estava errado quando dizia que as empresas de TI não poderiam arcar com melhores salários e benefícios para os trabalhadores", destaca Neto.
Mais informações sobre os pisos salariais para os profissionais da categoria podem ser visualizadas no site do Sindpd (clique aqui para acessar).
Greve
Em 21 de fevereiro deste ano, mais de 800 trabalhadores de tecnologia da informação aprovaram a paralisação da categoria, que atingiu grande parte do setor. A medida foi decidida durante uma assembleia realizada em 15 de fevereiro por falta de acordo, já que o sindicato patronal havia determinado que não iria oferecer ajuste maior do que 6,5%, índice considerado baixo pelo Sindpd. Antes da suspensão de novas reuniões, o sindicato havia passado por cinco rodadas de negociações.
Também no dia 21 de fevereiro foi realizada uma audiência de conciliação marcada pelo Tribunal Regional do Trabalho, mas que terminou sem acordo entre o Sindpd e o Seprosp (Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Serviços de Informática do Estado de São Paulo). Dessa forma, o dissídio coletivo teve de ser encaminhado para julgamento do Tribunal e do Ministério Público do Trabalho, que solicitaram que as paralisações fossem suspendidas até a resolução.
No ano passado, cerca de mil trabalhadores participaram das 12 assembleias, sendo que, no total, 14 cláusulas foram modificadas e três foram acrescentadas. As reivindicações de PLR e VR já foram alteradas em 2013, quando até então apenas empresas com mais de 50 funcionários precisavam apresentar proposta de PLR – o VR era obrigatório para profissionais com jornada de oito horas em organizações com mais de 100 empregados.
Esta não foi a primeira greve de profissionais de TI em SP. Em 2011, uma outra paralisação afetou principalmente os serviços bancários e de telecomunicações.
via: http://corporate.canaltech.com.br
0 comentários:
Os comentários serão moderados antes de publicar! respondo todos, obrigado por comentar.