Quando se fala em serviços de streaming de música, o primeiro que vem a cabeça certamente é o Spotify, que desembarcou no Brasil há pouco mais de um mês. Outros serviços que são bastante lembrados pelos brasileiros são o Deezer, que investe pesadamente em publicidade principalmente na Internet, e o Beats Music, cuja empresa foi recém-adquirida pela Apple.
Apesar dos três serviços serem bastante lembrados, há um que corre por fora e que já foi bem divulgado no país quando tinha parceria com a operadora de telefonia Oi: o Rdio. Visto agora como recanto para apreciadores de músicas hipsters, o serviço anunciou nesta segunda-feira (30) a aquisição da startup especialista na descoberta de música social TastemakerX.
De acordo com o portal Pando Daily, com a aquisição, a empresa por trás do serviço espera crescer e se tornar referência no segmento para competir de igual para igual com o Spotify. Em entrevista ao site, Marc Ruxin, CEO da TastemakerX, garante que, apesar de análises apontarem que serviços do tipo não são sustentáveis por si só, ainda há muito espaço no mercado. "Ainda não estamos nem no começo quando se trata da demanda global por assinaturas de serviços deste tipo", disse o executivo.
Para ele, ainda há tantas oportunidades a serem exploradas que o segmento pode ter dois ou mais "vencedores". Além disso, os 10 milhões de assinantes de Spotify não configuram um problema para o Rdio porque o serviço não utiliza esse número para conseguir anúncios. "O Rdio nunca teve um modelo gratuito e nós nunca divulgamos esse número [de usuários pagos] porque não queremos conseguir anunciantes", alfinetou o executivo da recém-adquirida startup.
E é exatamente neste aspecto que o Rdio tem apostado para sobreviver num segmento que a cada dia que passa ganha mais competidores: sua independência. Enquanto Apple, Google e Amazon digladiam para conquistar usuários, artistas e gravadoras de formas nem tão convencionais, o Rdio se mantém afastado. "As pessoas gostam da independência e neutralidade do Rdio", diz Ruxin. "A independência das gravadoras e dos artistas e a opinião das pessoas são realmente importantes para nós".
Não é à toa que o serviço é pioneiro em sistemas sociais de descoberta de novos artistas e canções baseado no gosto musical de amigos. A aquisição da TastemakerX ocorre justamente para fortalecer esse aspecto e incentivar ainda mais o consumo de músicas de artistas indies. Para Ruxin, é este o diferencial do Rdio e o que vai continuar patrocinando o serviço até que ele possa bater de frente com o Spotify.
"Comunidades feitas por pessoas, por humanos, resultam na forma mais orgânica e efetiva de oferecer novas e boas músicas para os usuários", afirmou Ruxin, que antes era CEO da TastemakerX e agora assumirá como diretor de operações do Rdio.
Muito embora ainda não se saiba quais e quantos recursos desenvolvidos pela startup serão incorporados pelo Rdio, Rustin acredita que o mais importante já está lá: o espírito social e colaborativo da descoberta do serviço.
via: http://canaltech.com.br
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