Na tarde da última quarta-feira (4), Mike Rhodin, ex-vice-presidente sênior do grupo de soluções de sofwtare da IBM e atual responsável pelo projeto Watson, esteve presente na Ciab 2014 para explicar um pouco mais sobre o supercomputador.
De acordo com Rhodin, devemos pensar no Watson como "o melhor expert que você possa imaginar". Para quem não conhece o projeto, trata-se de um computador desenvolvido pela IBM capaz de entender e responder a perguntas. O Watson ficou famoso após ganhar a edição 2011 do Jeopardy, um quiz show americano.
No final do ano passado, a IBM anunciou que abriria a plataforma para testes com estudantes, companhias e desenvolvedores. Na ocasião, o executivo confirmou a parceria com 7 universidades americanas "prestigiadas" que já estão incluindo aulas de programação do Watson em seu conteúdo programático, como a RPI e NYU.
Durante o evento, Mike Rhodin também aproveitou a ocasião para divulgar alguns dos exemplos que a empresa já está pondo em prática. Como já divulgado anteriormente, o primeiro deles é em aplicações médicas, ajudando doutores e hospitais. Segundo Rhodin, com o grande volume de informações circulando por meio do Big Data e as novas atualizações em publicações, é um desafio se manter constantemente atualizado. "Há tanta informação que é impossível absorver todas elas", opinou.

Mike Rhodin (esq.) e mediador da palestra (dir.) durante a Ciab 2014 (Foto: Stephanie Hering/Canaltech)
De acordo com Rhodin, devemos pensar no Watson como "o melhor expert que você possa imaginar". Para quem não conhece o projeto, trata-se de um computador desenvolvido pela IBM capaz de entender e responder a perguntas. O Watson ficou famoso após ganhar a edição 2011 do Jeopardy, um quiz show americano.
No final do ano passado, a IBM anunciou que abriria a plataforma para testes com estudantes, companhias e desenvolvedores. Na ocasião, o executivo confirmou a parceria com 7 universidades americanas "prestigiadas" que já estão incluindo aulas de programação do Watson em seu conteúdo programático, como a RPI e NYU.
Durante o evento, Mike Rhodin também aproveitou a ocasião para divulgar alguns dos exemplos que a empresa já está pondo em prática. Como já divulgado anteriormente, o primeiro deles é em aplicações médicas, ajudando doutores e hospitais. Segundo Rhodin, com o grande volume de informações circulando por meio do Big Data e as novas atualizações em publicações, é um desafio se manter constantemente atualizado. "Há tanta informação que é impossível absorver todas elas", opinou.
Mike Rhodin (esq.) e mediador da palestra (dir.) durante a Ciab 2014 (Foto: Stephanie Hering/Canaltech)
Assim, o Watson entra em cena para auxiliar profissionais na descoberta de doenças e pesquisas, não por diagnóstico, mas sim com um "ranking de possíveis respostas" para problemas listados pelos médicos. "O Watson não vai decidir, mas vai ajudar humanos a tomarem melhores decisões", afirmou Mike.
O executivo também comentou o uso do Watson na indústria farmacêutica, por meio de seu enorme armazenamento de dados e, consequentemente, seu conhecimento sobre substâncias químicas. Rhodin explicou que, com o supercomputador, é possível descobrir novos remédios graças à sugestão das melhores interações entre elementos.
Esta última aplicação também funciona em cenários mais simples, como na elaboração de um novo prato na cozinha de casa. De acordo com Rhodin, o Watson pode sugerir alimentos que não só combinem, mas tenham um bom sabor, por meio de sua aprendizagem sobre as substâncias de cada ingrediente.
O Watson como personal shopper
Segundo Mike, o advento do e-commerce fez com que as empresas perdessem o personal shopper, isto é, a opção de fazer sugestões aos clientes. "Quando você entra em um site de viagens, tem que ter escolhido o destino. E se você quer sair de férias e não sabe para onde? (...) Perdemos o expert", explica.
O executivo também comentou o uso do Watson na indústria farmacêutica, por meio de seu enorme armazenamento de dados e, consequentemente, seu conhecimento sobre substâncias químicas. Rhodin explicou que, com o supercomputador, é possível descobrir novos remédios graças à sugestão das melhores interações entre elementos.
Esta última aplicação também funciona em cenários mais simples, como na elaboração de um novo prato na cozinha de casa. De acordo com Rhodin, o Watson pode sugerir alimentos que não só combinem, mas tenham um bom sabor, por meio de sua aprendizagem sobre as substâncias de cada ingrediente.
O Watson como personal shopper
Segundo Mike, o advento do e-commerce fez com que as empresas perdessem o personal shopper, isto é, a opção de fazer sugestões aos clientes. "Quando você entra em um site de viagens, tem que ter escolhido o destino. E se você quer sair de férias e não sabe para onde? (...) Perdemos o expert", explica.
Com o Watson, a IBM crê que será possível resgatar esse conceito, oferecendo ideias com base no que as pessoas estão procurando.
"Nova era da computação"
Para o palestrante, estamos vivendo uma "nova era do computação". Trata-se da era da inteligência artificial, na qual sistemas "podem ler e entender a linguagem natural".
No caso de Watson, até mesmo as redes sociais e blogs se tornam dados para aprimoração deste aprendizado. O supercomputador da IBM já lê tweets e outros textos como blogs. De acordo com Rhodin, 90% dos dados do mundo foram gerados nos últimos dois anos, sendo destes 80% não estruturados, isto é, os posts em blogs ou mídias sociais.

Rhodin acredita que estamos vivendo uma "nova era da computação" (Foto: Stephanie Hering/Canaltech)
Entraves e futuro
Apesar de seu enorme potencial, o Watson ainda enfrenta alguns entraves antes de chegar ao mercado como solução. Como no programa Jeopardy, o supercomputador ainda não sabe a respostas para todas as perguntas possíveis e nem sempre as entende. Contudo, Rhodin afirma que a IBM está trabalhando para solucionar isso por meio de dois processos.
O primeiro acontece na adição de informações à base do Watson. Ao inserir um novo pacote de dados, a IBM faz perguntas ao computador e, dependendo do resultado de suas respostas, decide manter ou não o pacote. Além disso, Mike afirma que a companhia está desenvolvendo aprimoramentos que permitirão, em breve, que o Watson faça uma pergunta para entender sobre o que foi questionado.
"Nova era da computação"
Para o palestrante, estamos vivendo uma "nova era do computação". Trata-se da era da inteligência artificial, na qual sistemas "podem ler e entender a linguagem natural".
No caso de Watson, até mesmo as redes sociais e blogs se tornam dados para aprimoração deste aprendizado. O supercomputador da IBM já lê tweets e outros textos como blogs. De acordo com Rhodin, 90% dos dados do mundo foram gerados nos últimos dois anos, sendo destes 80% não estruturados, isto é, os posts em blogs ou mídias sociais.
Rhodin acredita que estamos vivendo uma "nova era da computação" (Foto: Stephanie Hering/Canaltech)
Entraves e futuro
Apesar de seu enorme potencial, o Watson ainda enfrenta alguns entraves antes de chegar ao mercado como solução. Como no programa Jeopardy, o supercomputador ainda não sabe a respostas para todas as perguntas possíveis e nem sempre as entende. Contudo, Rhodin afirma que a IBM está trabalhando para solucionar isso por meio de dois processos.
O primeiro acontece na adição de informações à base do Watson. Ao inserir um novo pacote de dados, a IBM faz perguntas ao computador e, dependendo do resultado de suas respostas, decide manter ou não o pacote. Além disso, Mike afirma que a companhia está desenvolvendo aprimoramentos que permitirão, em breve, que o Watson faça uma pergunta para entender sobre o que foi questionado.
Por fim, a IBM também tem planos de inserir novas línguas no Watson (atualmente o computador só funciona em inglês). No entanto, Mike afirma que isso funcionará por meio da tradução, pois seria difícil fazer com que o sistema armazenasse os mesmos dados diversas vezes, mas em línguas diferentes.
Rhodin disse ainda que, no futuro, o Watson e outros dispositivos de inteligência artificial terão a capacidade de "aprender não como máquinas, mas como na nossa compreensão". O executivo ainda comparou o sistema como um violino que, separado, não é tocado. Ao mesmo tempo, um violinista sozinho não faz música. Deste modo, violino e violinista se completam para criar algo.
"O Watson não é sobre sistemas que substituem os homens, mas que ajudam no desenvolvimento humano", concluiu.
Rhodin disse ainda que, no futuro, o Watson e outros dispositivos de inteligência artificial terão a capacidade de "aprender não como máquinas, mas como na nossa compreensão". O executivo ainda comparou o sistema como um violino que, separado, não é tocado. Ao mesmo tempo, um violinista sozinho não faz música. Deste modo, violino e violinista se completam para criar algo.
"O Watson não é sobre sistemas que substituem os homens, mas que ajudam no desenvolvimento humano", concluiu.
via: http://canaltech.com.br
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