Se algum dia você estiver em um lugar sem sinal de rede e precisar usar a internet, bastará olhar para o céu e procurar por um balão. A ideia um tanto curiosa já existe e se chama Project Loon, um projeto criado pelo Google para levar web a locais remotos ou carentes através de balões. E para ter certeza de que todos esses balões vão funcionar corretamente quando forem colocados no céu, a gigante das buscas deu início a uma série de testes que inclui uma volta completa ao mundo.
De acordo com a página do Project Loon no Google+, o balão escolhido trilhou em 22 dias - a previsão da empresa era de ao menos 33 dias - um trajeto de aproximadamente 500 mil quilômetros, passando pelo Oceano Pacífico, Chile, Argentina, Austrália e Nova Zelândia. O caminho não inclui a linha do Equador, mas agora o mesmo balão fará uma segunda volta ao mundo, desta vez mais longa que a primeira.
O objetivo desses voos é colocar à prova os balões do Loon a várias condições de tempo que se diferenciam de uma região do globo para outra. Segundo a equipe do projeto, o objeto voador reagiu a ventos extremos que ajudaram em sua trajetória, permitindo que a empresa acompanhasse essas mudanças e modelasse as alterações necessárias para que o balão continuasse seu percurso.
Na imagem abaixo você ve por onde o balão do Google passou durante os 22 dias do trajeto:
(Foto: Divulgação/Project Loon)
Os balões usados pelo Google no Project Loon foram desenvolvidos pela Força Aérea norte-americana. Cada um deles possui 15 metros de diâmetro e circula com equipamentos como antenas de rádio, computadores de voo, sistema de controle de altitude e painéis solares, que são os responsáveis pela produção de energia para o objeto. Os balões voam a 20 mil metros do solo, acima dos aviões e das nuvens.
Por enquanto, o Loon oferece velocidades equivalentes à rede 3G. Segundo Mohammad Gawdat, vice-presidente de inovação empresarial dos laboratórios Google X, a partir dessa velocidade é possível assistir a vídeos (mas não em alta definição), fazer buscas, ver informações médicas ou sobre o clima.
Gawdat também afirmou que o Project Loon pode chegar ao Brasil. "Vamos ouvir o ministro das Comunicações do Brasil [Paulo Bernardo] para saber quais são as necessidades do país, qual parcela da população não tem acesso à internet, que tipo de acesso as pessoas estão procurando, como as operadoras de telefonia trabalham", declarou o executivo em outubro do ano passado.
via: http://canaltech.com.br
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