2014 será um ano de transição para a Microsoft e todo esse ritmo de mudanças começou com resultados neutros no primeiro trimestre. O período, que corresponde ao terceiro trimestre do ano fiscal, registrou queda de menos de 1% no faturamento total da companhia, um resultado mediano motivado tanto pelo crescimento nos serviços quanto pela queda no mercado de PCs.
Entre janeiro e março de 2014, a empresa registrou um faturamento geral de US$ 20,4 bilhões. O lucro operacional foi de US$ 6,97 bilhões, representando uma queda de 8%. Essa redução também se refletiu nos ganhos por ação, que foram de US$ 0,68 por papel, com redução de 6%. Apesar de negativos, os valores estão acima do que era esperado pelos acionistas, o que acabou gerando um balanço positivo para a empresa.
Foram três os grandes destaques dos resultados do período. Do lado positivo está o crescimento em serviços como o Azure, focado em computação na nuvem, além do aumento no número de usuários do Office 365, um possível reflexo do lançamento da suíte de aplicativos também para o iPad. Por outro lado, o contínuo declínio do mercado de computadores, que vêm cada vez mais sendo trocados por soluções mobile, cobrou seu preço.
Um grande ponto de discussão foi a divisão de dispositivos, que recentemente se tornou muito maior com a conclusão da compra da Nokia. A partir de agora, a Microsoft passa a ter controle direto também sobre a fabricação de smartphones e tablets com Windows Phone. Aqui, os números são bastante díspares, conforme mostra o Ars Technica.
Por um lado, a Microsoft comemorou um crescimento de 41% nas vendas de dispositivos, com um faturamento de US$ 1,97 bilhão motivado pela venda de 1,2 milhão de unidades do Xbox One, seu console de última geração, mais 800 mil unidades do antecessor Xbox 360. Por outro lado, as perdas com o Surface foram de US$ 40 milhões, já que mesmo um crescimento de 50% no faturamento desse setor não foi capaz de suprir o custo total dessa operação, que é de US$ 539 milhões.
O grande ponto negativo do relatório financeiro da Microsoft diz respeito ao setor de dispositivos embarcados com Windows. Com uma queda de 4,4% nas vendas de PCs em todo o mundo, esse segmento gerou perdas na casa dos US$ 130 milhões e foi o grande responsável pelos números equilibrados apresentados pela companhia no último trimestre.
Ainda assim, o mercado de computadores teve destaque, principalmente no que toca o campo corporativo. Houve crescimento de 19% na venda de computadores com soluções profissionais do Windows, um aumento motivado principalmente pelo fim do suporte à versão XP do sistema operacional. Na mesma medida, porém, a adoção de novas versões da plataforma pelo consumidor comum caiu 15%, praticamente neutralizando os resultados do setor.
Tudo isso, porém, já era esperado. O CEO Satya Nadella considerou os números positivos, não apenas por estarem acima do esperado pelo mercado, mas também por representarem a saúde da companhia. Seguindo em frente, ele afirma que a ideia é trabalhar com experimentação e novos negócios, levando a empresa para o futuro por caminhos que ainda não haviam sido imaginados.
via: http://corporate.canaltech.com.br
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