Há poucas semanas, o maior banco operador da moeda virtual Bitcoin fechou as portas, alegando furto de 744 mil unidades da criptomoeda – o equivalente a 388 milhões de dólares. Após suspender os saques, o MtGox, cuja sede funcionava no Japão, afirmou que falhas de segurança permitiram que as bitcoins fossem roubadas, pouco a pouco, “havia anos”. De acordo com o Business Insider, o banco já deixou de fazer parte da Bitcoin Foundation, entidade que estabelece padrões e procedimentos para o mercado da moeda virtual.
Dias depois, a moeda chegou a perder quase metade do seu valor em um curto período de seis horas – ainda que ninguém saiba explicar os verdadeiros motivos, principalmente depois de uma alta estável em sua cotação ao longo dos últimos meses. Mas parece que os recentes problemas da louvada moeda peer-to-peer que não depende da regulação de governos e bancos vêm de mais tempo, sobretudo as falhas de segurança. O recém-anunciado grande furto da moeda digital, portanto, pode não ter sido caso isolado.
O BitcoinTalk, um dos fóruns mais acessados por usuários da moeda, traz um levantamento que impressiona. Segundo os debatedores do grupo, os furtos de bitcoins começaram bem antes da moeda ter tanta atenção do público e da mídia. Os problemas teriam começado em 2010, um ano depois da criação da Bitcoin e, desde então, calcula-se que foram desviadas exatamente 818.485,77 bitcoins – o equivalente a US$ 502.081.166,11, mais de meio bilhão de dólares.
Para se ter uma ideia do tamanho que os furtos virtuais representam no mercado, basta ver a oferta atual da moeda: como existem, atualmente, 12,4 milhões de bitcoins em circulação, a estimativa dos usuários é que pelo menos 6,6% de todo o montante seja controlado por pessoas adquiriram a moeda por meios ilegítimos. Uma em cada 16 bitcoins pertence a alguém que roubou.
De acordo com o Business Insider, a principal falha de segurança para possibilitar os roubos de Bitcoins ainda são as proteções fracas de senha ou outros descuidos dos usuários. O fator humano é a principal chave para o problema. Os próprios usuários dos fóruns de discussão da moeda alertam que uma boa forma de garantir a segurança é armazenar o seu banco de moeda de forma offline, em uma carteira física de Bitcoins que não esteja conectada à Internet – algo como manter o dinheiro comum em um cofre.
via: http://canaltech.com.br/
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