domingo, 23 de fevereiro de 2014

Videogames violentos: as virtudes do modo cooperativo


Duas pesquisas mostram que os videogames violentos não provocam, necessariamente, comportamentos agressivos, pois tudo depende do estilo de jogo. 

Os videogames, sobretudo os violentos, são constantes no visor dos pais, que se inquietam com as consequências nefastas que eles poderiam ter sobre seus filhos. Porém, dois novos estudos demonstram que quando se joga em modo cooperativo, com outros jogadores, o jogo não provoca um aumento excessivo de agressividade. 

« As pesquisas estabeleceram claramente relações entre o fato de jogadores de videogames violento e a agressividade, mas falta algo no raciocínio », explica David Ewoldsen, coautor dos dois estudo realizados na Ohio State University americana. "A maior parte dos estudos que estabelecem uma relação entre os jogos violentos e a agressividade em uma pessoa que jogo sozinho ». e acrescenta, "o aspecto social dos jogos atuais podem realmente alterar a situação". 

O primeiro estudo, publicado na revista Cyberpsychology, Behavior and Social Networking, foi realizado com a ajuda de 119 estudantes, divididos em quatro grupos no Halo II. 

Dois grupos foram colocados em situações de jogo competitivo em equipe (com o objetivo matar seu opositor mais vezes ou avançar no jogo), um grupo deveria jogar de maneira cooperativa com um copiloto e derrotar inimigos gerenciados pelo computador. O quarto grupo, o grupo amostra, jogava sozinho. O resultado mostra que os estudantes que jogavam em modo cooperativo mostravvam menos agressividade na vida que os jogadores sozinhos. 

O segundo estudo, publicado na revista Communication Research, foi realizada com 80 estudantes da universidade de Ohio colocados em binômios com outro jogador, que de fato um dos pesquisadores disfarçado de estudante. Os dois participantes jogaram juntos ao jogo de tiro em versão subjetivo (first-person-shooter) Unreal Tournament III, seja, como copilotos, seja com rivais. 

Como no primeiro estudo, os estudantes que jogavam de maneira cooperativa mostravam depois mais de propensão à cooperação, mesmo fora do jogo, comparados com os outros jogadores. 

"No final, a maneira que a gente se comporta no mundo real ultrapassa rapidamente tudo aquilo que se passa o mundo do jogo », de acordo com o professor Ewoldsen, e de concluir : "Os videogames não controlam aquilo que somos". 


Tradução feita por Ana Spadari 
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