sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

REVIEW DEAD RISING 3

Dead Rising 3 é o novo jogo da série de zumbis da Capcom. Lançado como um dos principais exclusivos do Xbox One, o game leva o seu humor característico à nova geração de games, representada por uma enorme cidade repleta de zumbis famintos. Confira a análise completa.
Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Divulgação) (Foto: Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Divulgação))Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Divulgação)

Mortos e perdidos
Em Dead Rising 3 o jogador assume o papel de Nick, um rapaz qualquer que misteriosamente conseguiu sobreviver à epidemia que afetou a cidade de Los Perdidos, uma versão genérica de Los Angeles.
Nick trabalha em equipe com um grupo de amigos, que procuram uma forma de deixar a cidade em seis dias, quando o local será colocado abaixo com um bombardeio. Para isso, o protagonista e seus amigos encaram uma variedade de missões espalhadas por todos os cantos do mapa, onde será necessário eliminar inimigos, encontrar itens e outras tarefas variadas.
A história, simples demais, não faz muito para manter o jogador envolvido ou interessado. Uma boa quantidade de missões secundárias podem servir para pontuar as missões principais, mas também não são muito variadas ou complexas.
Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Reprodução/Murilo Molina) (Foto: Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Reprodução/Murilo Molina))Dead Rising 3 (Foto: Reprodução/Murilo Molina)

O problema é que, apesar da duração decente da campanha, as dezenas de missões parecem repetitivas e sem graça. Depois das primeiras horas, será difícil não se entediar com as longas viagens, a pé ou usando um dos poucos carros encontrados no mapa.
Além do enredo fraco, Dead Rising 3 também apresenta enormes inconsistências na dificuldade de sua campanha. Em diversas vezes, o avanço tranquilo da campanha é interrompido por partes absurdamente difíceis, onde são necessárias dezenas e dezenas de tentativas. A inexistência de configurações de dificuldade impede qualquer esforço para tornar a experiência menos frustrante.
Para piorar, o mini mapa que exibe os objetivos é tremendamente confuso, dificultando muito a interpretação. O sistema deixa de lado o estilo GPS visto em jogos como GTA V, e mostra apenas um ponto indicador com a distância em metros.
Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Reprodução/Murilo Molina) (Foto: Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Reprodução/Murilo Molina))Dead Rising 3 (Foto: Reprodução/Murilo Molina)

Espadas, rifles e cadeiras de rodas
Como em um RPG, o personagem ganha experiência a cada ação do game, sendo matar hordas de zumbis ou terminar missões e side quests. Esses pontos rendem novas habilidades e melhorias. É possível, por exemplo, aumentar a barra de vida, adicionar mais espaços ao inventário ou se tornar um especialista na construção de novas armas e veículos.
Em todos os cenários é possível usar praticamente todos os objetos como armas contra os zumbis. A variedade vai desde cadeiras, mesas, latas de lixo, escadas e passa por espadas, facas, rifles, entre outras centenas de objetos. O personagem consegue combinar algumas armas, criando versões mais fortes e resistentes.
Os veículos também podem ser usados para destruição em massa. A variedade não é muita, mas também é possível combinar motos e carros para destruir ainda mais mortos-vivos com simples atropelamentos.
A customização de itens não é muito vasta nem complexa, mas adiciona variedade à campanha. É divertido procurar itens e montar armas absurdas como um lançador de granadas ou um rastelo elétrico, por exemplo.
Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Reprodução/Murilo Molina) (Foto: Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Reprodução/Murilo Molina))Dead Rising 3 (Foto: Reprodução/Murilo Molina)

Mãos trêmulas
A jogabilidade segue praticamente o mesmo caminho dos jogos anteriores. Os comandos são simples e costumam funcionar na maioria das vezes, apesar de algumas ocasiões de certa desordem.
Com o botão X o personagem desfere golpes corporais usando as mãos ou alguma arma branca. Para pistolas, rifles e afins, os comandos padrão de shooters são incorporados, com os gatilhos servindo para mirar e disparar.
As armas não são lá muito precisas, já que o campo de visão do personagem é bastante limitado, mesmo a câmera em terceira pessoa. Especialmente na segunda metade da campanha, depender das armas de fogo pode ser bastante chato e cansativo.
Comandos para pegar itens do chão também são bastante confusos. Com o grande número de objetos espalhados, é complicado pegar exatamente a arma desejada sem errar. Considerando que o jogo se passa em um mundo infestado por zumbis, é fácil ser atacado enquanto troca os itens que pegou por engano pelos corretos.
A vibração dos gatilhos do controle do Xbox One é usada de forma discreta, mas inteligente. Como o jogo não conta com nenhum botão de recarga, conforme o fim das balas se aproxima, os gatilhos tremem, indicando a necessidade de trocar de arma.
O jogo ainda faz uso do microfone do Kinect e do sensor de movimento do controle, que pouco são usados durante toda a campanha. A presença das funções é tão cosmética, que elas podem simplesmente ser desligadas no menu.
Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Reprodução/Murilo Molina) (Foto: Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Reprodução/Murilo Molina))Dead Rising 3 (Foto: Reprodução/Murilo Molina)

Qualidade e quantidade
Dead Rising 3 é um jogo bonito, mas não traz consigo o mesmo esplendor visual visto em jogos como Ryse, Killzone: Shadowfall e Forza 5. A primeira impressão é que com alguns bons ajustes, o jogo poderia rodar em consoles como Xbox 360 e Playstation 3.
A diferença mais gritante fica por parte do número de inimigos, que abarrotam a tela sem quedas de desempenho perceptíveis. Não é difícil passar por ruas populadas pelo o que parecem milhares de zumbis, todos se mexendo de maneira independente. No mais, boas texturas, desempenho firme e alguns bonitos efeitos, que colocam Dead Rising 3 exatamente no nível de outros jogos de lançamento.
Os grunhidos das legiões de zumbis são completados por efeitos sonoros legais, mas que não chamam nenhuma atenção. O mesmo pode ser dito sobre as músicas, que são bastante genéricas e repetitivas, mas não chegam a incomodar.
Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Reprodução/Murilo Molina) (Foto: Review: Dead Rising 3 mistura zumbis e humor, mas peca pela repetição (Foto: Reprodução/Murilo Molina))Dead Rising 3 (Foto: Reprodução/Murilo Molina)

O jogo ainda vem totalmente dublado e legendado para o português do Brasil. A dublagem tem alguns pequenos problemas com o volume dos diálogos, mas em geral é bastante competente.
Além da campanha principal, a única possibilidade oferecida é exatamente a de jogar o game online, seja com um amigo ou com outros jogadores encontrados pelo matchmaking.
Por tratar-se de um jogo de mapa aberto, é fácil perder algumas horas só vagando pela cidade, seja pra matar zumbis ou procurar os colecionáveis. Porém, mesmo com toda a liberdade, o conteúdo parece um tanto limitado.
Conclusão
Dead Rising 3 é o típico jogo de lançamento para consoles. Com algumas ideias interessantes e melhorias discretas em relação à última geração, o jogo diverte, mas escorrega em aspectos básicos, como um mapa problemático e a dificuldade inconstante. Pode ser uma boa opção para os jogadores que já compraram o Xbox One e procuram uma aventura menos linear.
via Tech Tudo.
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