segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Facebook admite rastrear mensagens não postadas pelos usuários

Facebook
A história já é antiga e havia surgido até mesmo em estudo da Universidade de Maryland, mas o Facebook, finalmente, admitiu rastrear também as mensagens não publicadas por seus usuários. Em uma pesquisa realizada ao longo de 17 dias com cinco milhões de perfis, a empresa afirma que 71% dos seus usuários acabam desistindo de postar algo, seja na própria atualização de status ou em comentários de textos de terceiros.

O estudo avaliou a autocensura por meio das caixas de entrada de texto e considerou uma mensagem como excluída caso ela não fosse publicada em até 10 minutos a partir do início da escrita. Aí, porém, a empresa deixou claro: o conteúdo das mensagens não foi acessado, e sim, apenas a ativação dos elementos HTML que compõem o sistema de postagem. As informações são do site Ars Technica.

O Facebook não entrou em detalhes sobre o tipo de utilização desse tipo de informação, se é que existe algum. Um estudo da Universidade de Maryland, porém, indica que tais mensagens são enviadas para o banco de dados da rede social e, mais tarde, usadas para a aplicação de publicidade diferenciada.

Por outro lado, a rede social afirmou em sua pesquisa oficial ter uma preocupação constante em reduzir essa taxa de desistências, incentivando seus usuários a publicarem cada vez mais coisas. Foi daí que surgiu uma segunda faceta da pesquisa, que estudou a forma como as pessoas interagem com grupos de amigos com posições políticas ou ideológicas diferentes.

Utilizando dados demográficos, o Facebook descobriu que os usuários são mais propensos à autocensura quando não conhecem bem o tipo de público ao qual a mensagem será exposta. É um fenômeno que, por exemplo, não acontece quando as postagens foram criadas e comentadas apenas por amigos próximos, fazendo assim com que a pessoa se sinta mais à vontade para participar da discussão.

Isso explica, por exemplo, o fato de existirem mais mensagens não postadas em grupos do que em comentários de atualizações de status. Aqui, porém, entra mais um fator subjetivo: o Facebook concluiu que a permanência de usuários em comunidades do tipo, muitas vezes, é associada a um conhecimento profundo do assunto que está sendo abordado e, justamente por isso, acaba mitigando muitas postagens.

Tais constatações, inclusive, devem ser utilizadas nas mudanças constantes que acontecem na forma como o Facebook exibe o feed de notícias a seus usuários. É justamente a criação de uma sequência de publicações mais amigáveis que vai incentivar os usuários a postar mais e, claro, gerar mais renda e novos negócios para a rede social.


via: http://canaltech.com.br
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