Facebook, Microsoft, Yahoo! e Google publicaram nº de solicitações.
Os EUA permitiram que os dados fossem incluídos em relatórios.
Facebook, Microsoft, Yahoo!, Google e LinkedIn começaram nesta segunda-feira (3) a publicar detalhes sobre o número dos pedidos secretos de informações que eles receberam do governo dos Estados Unidos, na esperança de mostrar que tiveram envolvimento restrito nas ações de espionagem norte-americana.
O setor de tecnologia pressionou por maior transparência nos pedidos de informação feitos pelo governo, para se livrar das suspeitos de estar relacionado a programas de vigilância amplos e clandestinos, revelados no ano passado pelo ex-técnico Edward Snowden.
Em janeiro, os EUA flexibilizaram as normas que restringem o que as empresas podem revelar sobre os pedidos de informações de usuários com base na Lei de Inteligência e Vigilância Estrangeira (Fisa) e em ordens judiciais, que elas recebem. Várias empresas, como Google e aMicrosoft, processaram o governo em 2013 para revelarem mais sobre isso.
O conselheiro geral da Microsoft, Brad Smith, disse que os últimos dados mostraram que a informação pedida pelos EUA às empresas não foi tão vasta como se temia.
"Nós não recebemos o tipo de solicitação de dados em massa que se costuma discutir em público, relacionado aos registros telefônicos", disse Smith.
"Esse é um ponto que temos frisado de modo geral desde o semestre passado, e é bom finalmente ter a capacidade de compartilhar dados concretos."
Microsoft
Segundo a empresa, de 15 mil a 15.999 contas de usuários da Microsoft foram alvo de ordens judiciais, atendendo ao setor de inteligência, de requisição de conteúdo durante os seis primeiros meses de 2013.
Segundo a empresa, de 15 mil a 15.999 contas de usuários da Microsoft foram alvo de ordens judiciais, atendendo ao setor de inteligência, de requisição de conteúdo durante os seis primeiros meses de 2013.
Smith citou reportagens baseadas nos documentos vazados por Snowden que mostram como o governo pode ter interceptado informações dos usuários sem o conhecimento ou cooperação das empresas de tecnologia, por meio do grampos em cabos de comunicação que conectam centros de dados do Google e Yahoo!.
"Apesar dos esforços de reforma do presidente [Barack Obama] e nossa capacidade de publicar mais informação, não houve ainda nenhum compromisso público dos Estados Unidos ou outros governos de renunciarem à tentativa de ter acesso a dados de empresas de Internet", disse ele no blog da Microsoft.
"Acreditamos que a Constituição requer que nosso governo busque informações de empresas americanas dentro das normas legais."
Google e Yahoo!
Várias empresas de internet haviam revelado anteriormente um certo número de cartas de segurança nacional, que requeriam dados de clientes sem aprovação legal. Agora, elas têm maior margem de manobra para divulgar detalhes relacionados às ordens recebidas com base na Fisa.
Várias empresas de internet haviam revelado anteriormente um certo número de cartas de segurança nacional, que requeriam dados de clientes sem aprovação legal. Agora, elas têm maior margem de manobra para divulgar detalhes relacionados às ordens recebidas com base na Fisa.
O Google disse que de 9 mil a 9.999 contas de seus usuários foram alvo de tais pedidos durante o período, enquanto o Facebook informou ter recebido requisições de conteúdo pelo Fisa para um número entre 5 mil e 5.999 usuários.
Já o Yahoo! informou que de 30 mil a 30.999 contas receberam pedidos de conteúdo do Fisa, os quais poderiam incluir palavras em um e-mail ou mensagem de SMS, fotos no seu serviço do Flickr e endereços ou entradas de calendário.
via http://g1.globo.com/
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