O porão do laboratório de pesquisa da HP em Palo Alto, San Francisco, esconde um segredo que a empresa tenta manter: o protótipo de uma impressora 3D única, com cerca de 1,5 metro de altura, feita com materiais customizados sobre os quais ela se recusa a falar e usando um polímero especial fabricado pela própria companhia.
O material é armazenado em um container que possui o tamanho aproximado de um engradado de cerveja. Segundo o responsável pelo laboratório, Martin Fink, o segredo por trás desta tecnologia tem que ser bem guardado. “Nós queremos ter partes suaves e partes resilientes e parte do avanço tecnológico é o material”, afirma.
A HP se mostrou receosa de entrar no mercado de impressão em 3D, mas recentemente tem comentado acerca do papel que espera ter nesta que é uma das tendências tecnológicas mais interessantes dos últimos tempos. Em novembro, por exemplo, a CEO Meg Whitman disse que espera que isto se torne um grande negócio e que a HP está planejando vender suas primeiras unidades já em 2014.
A crítica tem sido severa com a HP devido ao atraso para entrar no mercado, mas Fink aponta que é um erro comparar as impressões 2D e 3D. “Nós acreditamos que não existe um mercado viável no qual o consumidor vai a uma loja e escolhe sua impressora, isso não funciona com 3D”, acredita.
Segundo ele, as impressoras 3D são complexas, lentas e de baixa qualidade. Fink alerta que as pessoas acham que elas funcionam como em filmes de ficção científica, nos quais é só dizer o que você quer e ela faz instantaneamente. “Na verdade, estamos muito longe disso”, completa.
No início, Fink acredita que os consumidores vão usar provedores de serviços de impressão, que poderão entregar itens de alta qualidade. Um exemplo seria peças de carro, que podem ser baixadas no site do produtor, modificadas e enviadas para impressão.
Já existem alguns serviços similares atualmente, que permitem a impressão e venda de objetos pequenos via web, mas o objetivo da HP é criar uma legião de provedores para satisfazer as necessidades pessoais da população. Para Fink, este é o mercado viável para impressão 3D. “A única coisa que falta é determinar o quão grande precisa ser a impressora para abastecer este mercado”, finaliza.
Via Wired
Fonte: Tech Tudo.
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