Chromabot é jogo brasileiro criado pela equipe do site Finalboss, que também reúne análises sobre games. A premissa é simples: Reunir blocos de mesma cor para formar outro gigante e destruí-lo com a ajuda de um robô. Parece familiar? A ideia de Chromabot é muito similar à de Bejeweled, criado pela PopCap Games em 2001, e a de Candy Crush, o atual fenômeno dos jogos de smartphones criado pela King em 2012. Para conversar sobre este game, a Coluna Geração gamer falou com o carioca Marcio Vivas, um dos criadores.
Como surgiu o Finalboss
Marcio joga videogames há 36 anos, desde 1977. Começou em um Telejogo da Philco e não parou mais. Teve Atari, computadores MSX e Commodore Amiga, Mega Drive, Sega Saturn e Dreamcast, Super Nintendo, Nintendo 64, Gamecube, Nintendo Wii e Wii U, PlayStation, Playstation 2 e 3, Xbox e Xbox 360. Gosta de Uncharted e games esquecidos, como Gradius da Konami. “A sala do apartamento onde eu morava lotava de amigos, que vinham disputar comigo os jogos fabulosos presentes na maior novidade daquela época”, diz o desenvolvedor gamer.
Marcio conta como tudo começou: “Eu sou um dos sócios fundadores do Finalboss.com, junto com Roney Pop. A empresa existe desde 2002 e começamos com análises e conteúdos de jogos em uma época que existiam pouquíssimos semelhantes aqui no Brasil. Sempre foi nosso objetivo cuidar da comunidade e resolver as questões dos usuários de uma maneira mais próxima, como fazemos até hoje”.
Segundo o desenvolvedor, o site se transformou em uma plataforma de criação de software 100% nacional. “Assim que criamos a página, começamos a desenvolver nossos primeiros games e não paramos mais de produzir. Hoje em dia temos mais de 160 produtos, entre advergames, jogos sociais para Facebook e diversos outras produções”, completa.
A história de Chromabot
Marcio conta que a história do Chromabot é meio engraçada. "Ele foi pensado há tempos atrás, quando recebemos aqui no FinalBoss a missão de criar um jogo para o lançamento de um monitor de uma marca nacional. Acabamos não desenvolvendo este projeto para eles, mas a ideia foi tão legal que pensamos em fazer por conta própria”, diz Marcio. O game então passou por duas etapas de desenvolvimento, criado sempre por equipes pequenas, mas com um tempo razoável para finalização.
“Ficamos sabendo do concurso da Square Enix na América Latina em 2012 e resolvemos que esta seria a melhor hora para finalmente finalizarmos o Chromabot. A versão que foi enviada para o concurso foi feita em cinco meses por quatro pessoas. Depois, a atual versão que está online foi atualizada com a participação direta e indireta de cinco pessoas, durante aproximadamente três meses, para retirada de alguns bugs e adaptações para outras plataformas”, disse Marcio Vivas. As versões do game para iOS e Android foram disponibilizadas e atualizadas no dia 8 de novembro de 2013. O jogo levou o prêmio “Excellence Award” da Square Enix Latin America no ano anterior.
Nem tudo no game consistiu em conquistas, pois existiram também barreiras em sua criação. Explica Marcio: “Os incentivos são bem escassos, mas, com ou sem eles, já estamos no mercado há mais de 10 anos e sabemos como lidar com isso. De um tempo pra cá, zilhões de estúdios surgiram”. O desenvolvedor afirma também que o trabalho exemplar de algumas startups ajudam a impulsionar nosso mercado crescente. “Alguns bons estúdios fazem games de qualidade e acho que isso tem feito surgir um pouco mais de incentivo, seja com alguns editais do governo ou através de empresas privadas que enxergam neste tipo de produto uma possibilidade viável para investimento. Ainda é muito pouco, mas é bom para nós, que começamos no tempo em que os clientes chamavam nossos produtos de ‘joguinhos’”, diz o especialista.
Chromabot também teve uma barreira em sua própria mecânica: “Um dos principais desafios durante o desenvolvimento foi inovar de alguma forma no bom e velho conhecido modelo de unir pedras da mesma cor. O game brinca com um pouco de Bejeweled e Lumines, adicionando detalhes para se diferenciar desses jogos”. O videogame brasileiro tem uma modo arcade, com destruição de blocos padrão, e um modo puzzle, com desafios elaborados. Há um ranking local e mundial entre os gamers que fizerem mais pontos.
E o futuro? Matheus and the Magical Backpack
“Atualmente o que tenho mais focado internamente é um novo game de aventura feito em 3D usando Unity. Se chama Matheus and the Magical Backpack, e mistura poesia de maneira bem acessível, com muita aventura”, diz Marcio. O jogo parece ser uma aventura com um protagonista jovem em um mundo de monstros e criaturas fantásticas.
Marcio Vivas ainda está preparando protótipos e demos jogáveis de seu novo game. “Estamos ainda bem no início, mas estou gostando bastante das possibilidades que tenho incluído no jogo em termos visuais e de gameplay. Em breve devemos ter alguma coisa mais concreta para mostrar”, diz o designer de jogos. E ele é bem categórico sobre sua ligação com os videogames: “Nós da Finalboss queremos continuar fazendo o que realmente gostamos, que é desenvolver games”.
Fonte: http://www.techtudo.com.br/ -A tecnologia descomplicada-
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