Para isso, Boone usou o seu próprio exemplo de consumo. “Na Volition todos nós somos jogadores hardcore. No entanto, quando chega a hora de comprar jogos não me importa quanto foi gasto em seu desenvolvimento. Para mim, são US$ 60 que sairão da minha carteira, independentemente se o jogo em questão custou US$ 80 milhões ou 200 milhões. O melhor jogo no final das contas levará meu dinheiro”, contou.
De acordo com o produtor, os altos valores de produção (custeados pela venda de cada jogo a US$ 60) faz com que as pessoas comprem menos jogos pelo alto preço dos lançamentos. “A US$ 60 o jogo eu vou comprar uns seis jogos por ano. Na hora de escolher em quais jogos investir, o de US$ 200 milhões terá a minha preferência. Minhas preocupações enquanto jogador acabam aí”, exemplificou.
Para Boone, o alto custo de produção e os grandes riscos envolvidos no desenvolvimento destes projetos fazem com que as companhias deixem de inovar e adotem decisões mais conservadoras. “Você pode gastar muito dinheiro para fazer o que já está garantido que está bom ou você pode tentar melhor e não conseguir. Neste caso, no entanto, você ainda vai ter um título que custou muito dinheiro e que ninguém quer comprar”, explicou.
Nem tudo está perdido ainda para o produtor. O aumento da popularidade da distribuição digital é um sinal de esperança. Para Boone, se os desenvolvedores conseguirem utilizar isso para oferecer jogos a preços diferentes (e mais baratos) aos jogadores. Apesar disso, Boone ainda acredita que caso a indústria continue a seguir o caminho em que grandes jogos precisam de orçamentos gigantescos de US$ 200 milhões, é possível prever a falência de mais algumas companhias.
Fonte: Official Xbox Magazine, BJ.
0 comentários:
Os comentários serão moderados antes de publicar! respondo todos, obrigado por comentar.