Os Estados Unidos e outras potências mundiais continuam debatendo uma possível intervenção militar na Síria, mas enquanto eles não chegam a um veredito, o grupo Anonymous já se manifestou e começou sua própria intervenção, enfrentando o temido Exército Eletrônico Sírio (EES). É uma batalha de hackers, e o Anonymous deu o primeiro golpe.
Na última semana, os hackers sírios aproveitaram falhas de segurança de alto nível para invadir sites como o do jornal The New York Times, The Wahington Post e até mesmo o site de recrutamento da Marinha dos Estados Unidos. No mesmo período, o Anonymous começou a divulgar dados roubados em abril, quando eles se infiltraram em um servidor usado pelos hackers do grupo sírio. No fim da semana, alguém começou a divulgar esses dados na Deep Web, aquela parte da internet que guarda coisas que o Google e outros motores de busca não podem encontrar.
A maior parte do Exército Eletrônico Sírio é formada por apoiadores do presidente da Síria, Bashar al-Assad, mas aparentemente a organização de hackers não tem qualquer relação oficial com o governo. Porém, o BusinessInsider diz que os documentos vazados pelo Anonymous mostram o contrário. O Anonymous diz que os dados divulgados por eles identificam os líderes do EES, incluindo seus e-mails pessoais, nomes de usuários e senhas.
No entanto, os membros do grupo sírio negam que seu site tenha sido invadido e seus membros desmascarados, inclusive dizem que os nomes citados nos documentos divulgados pelo Anonymous, e publicados por um ex-repórter do Washington Post, não são de seus líderes. "Essa história tem sido fonte de diversão e risos para todos nós", disse o anônimo responsável por operar o Twitter do Exército Eletrônico da Síria em entrevista ao site Mashable. Ele diz ainda que a atitude do jornal norte-americano foi "irresponsável e ilegal", pois eles "postaram a foto de um cara aleatório que nenhum de nós poderia identificar e o chamou de líder do EES".
De qualquer forma, é difícil descobrir a verdade por trás dos hackers. Mesmo que os usuários que tiveram seus dados divulgados pelo Anonymous apoiem o grupo sírio, é duvidoso acreditar que eles possuam as habilidades necessárias para realizar ataques tão grandiosos quanto os realizados nos últimos dias. O EES ainda gera muitas controvérsias, pois enquanto grande parte das informações indica que a organização usa métodos relativamente pouco sofisticados em seus ataques, muitos dizem que o Exército Eletrônico da Síria é formado por prodígios e arquitetos de malware magistrais. Fato é que ainda existem muitas dúvidas pendentes em relação ao assunto.
via: http://canaltech.com.br/
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