A Seagull Tecnologia, empresa de TI carioca, venceu a licitação para implementar o Siniav - Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos - em Roraima. Esse foi o primeiro processo licitatório para a do sistema, que será obrigatório, e deverá estar ativo em todo país até meados de 2014. "Em 2015 todos os carros do Brasil deverão estar com o chip. Roraima possui uma frota de aproximadamente 150 mil veículos. Vamos submeter nossa proposta a outras licitações", relatou o diretor da Seagull, Rodrigo Nunes.
Desenvolvido pelo governo federal, o Siniav vai permitir a fiscalização da frota nacional, para evitar roubo e furto de veículos e cargas, controlar tráfego, restringir acesso em zonas urbanas, fiscalizar velocidade média, aplicar multas, localizar veículos roubados, além de outras funcionalidades agregadas.
Com o sistema, um chip eletrônico com dados como número de série do chip, chassi, placa e Renavam é afixado em todos os veículos. Antenas receptoras, que serão instaladas em diversos pontos estratégicos das cidades, receberão e transmitirão para a central as informações sobre os veículos que passarem por elas. Nunes explica que, diferente do GPS, esse sistema não tem um caráter de monitorar o local onde está o veículo ou trajeto que está percorrendo, mas sim informar eventuais irregularidades à polícia ou Detran da região. "No caso de um veículo roubado passar pela antena a polícia será imediatamente avisada e poderá triangular a localização do carro e posicionar-se estrategicamente na região".
Durante uma blitz, por exemplo, o sistema indicará os veículos que possuem alguma irregularidade na documentação, estes serão parados e os condutores autuados. Segundo o diretor, o sistema também irá aperfeiçoar o tráfego nos grandes centros urbanos. As antenas irão identificar e comparar o fluxo de veículos entre ruas de determinada região e assim evitar que sinais fiquem fechados durante muito tempo desnecessariamente, evitando retenções, em particular, nos horários de grande movimento.
Informações seguras
Nunes esclarece ainda que todos os dados contidos no chip são criptografados, e seria necessário um gasto e trabalho muito elevados para se ter acesso a informações triviais que não oferecem riscos aos proprietários dos automóveis. "Quase todas as informações contidas nos chip são obtidas visualmente, como modelo, cor e ano do veículo. Essas informações só se tornam relevantes em razão da inteligência por trás do sistema. Como por exemplo, para identificar se um carro é clonado".
Ele ressalta ainda que esse chip é agregado ao automóvel e ao ser retirado ele é automaticamente desativado, e ao passa por uma antena, o Siniav indicará que aquele veículo está com o dispositivo inoperante e pode ser abordado pelas autoridades competentes para averiguação. O diretor da Seagull afirma ainda que, além do Brasil onde o sistema será obrigatório, já há contato com outros países da América Latina para demonstrar a viabilidade do sistema.
*Com informações da equipe de Imprensa do Rio Info 2013
via http://convergenciadigital.uol.com.br
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