A 14ª edição do Fórum Internacional do Software Livre, Fisl14, trouxe uma atração um tanto curiosa: de um lado, uma grande gaiola com um homem dentro, do outro, uma máquina que transforma a voltagem da tomada em um raio de 700 mil volts. De repente, a máquina dispara um raio na gaiola. Após meio minuto recebendo descarga elétrica, o homem sai da jaula, intacto. O público em Porto Alegre aplaude.
A engenhoca, chamada bobina de Tesla, é sensação no Fórum Internacional do Software Livre. De hora em hora, o público faz fila para entrar na gaiola, localizada no saguão principal do evento.
A máquina foi construída por Grégory Gusberti, estudante de engenharia eletroeletrônica de apenas 18 anos. No 1º ano do Ensino Médio, descobriu na internet como fazer uma bobina de Tesla. Começou com uma de 30 centímetros, depois fez uma maior, depois outra, até montar a maior do Brasil, com 2,40 metros – a maior do mundo tem 7 metros. Todo o processo está registrado em seu canal do Youtube.
Uma bobina de Tesla é basicamente um carregador de celular ao contrário, explica Grégory. Enquanto o carregador diminui a voltagem da tomada, esse aumenta. É um transformador gigante.
O experimento é baseado nas pesquisas de Nikola Tesla, inventor austríaco do século 19 que pesquisava formas de transmitir energia sem intermédio de cabos ou qualquer meio sólido. Seu trabalho somente foi retomado há dez anos, majoritariamente por pesquisadores informais que aproveitaram-se dos avanços tecnológicos atuais.
A tecnologia na qual se baseia a bobina de Tesla não é estudada nos grandes centros de pesquisa. "Não é algo muito estudado porque não tem como tarifar. Qualquer um pode pegar a energia, não há controle sobre isso" explica Grégory.
Grégory e seu colega João Berlese, 20 anos, dizem que os avanços propostos por Tesla só existiriam daqui a um século, mesmo se a pesquisa tivesse incentivos. Enquanto isso, a invenção segue fascinando os visitantes do Fisl14.
via tech tudo
0 comentários:
Os comentários serão moderados antes de publicar! respondo todos, obrigado por comentar.