
Na semana passada, o aplicativo recebeu uma atualização que permite escolher quais alterações o usuário deseja fazer. Agora, ainda é possível escolher, por exemplo, se você deseja desligar a correção do tom de pele ou se quer ligar a remoção de manchas.

O Pixtr foi lançado após o aplicativo ganhar o primeiro lugar no Desafio Intel Europe 2011 e, logo em seguida, ganhar investimento de Uri Levine, fundador do Waze, que se interessou pela ideia. Contudo, o lançamento oficial só aconteceu em janeiro de 2013.
O que você provavelmente não sabe é que uma das possíveis razões para Uri Levine ter investido no Pixtr é que, assim como o Waze, ele também tem origem em Israel, um dos países que tem se destacado no desenvolvimento de aplicativos. Criado por Aviv Gadot e Yaron Recher, engenheiros de computação da Universidade Technion, o Pixtr já está disponível em países como EUA, Chile, China, Japão, Rússia e tem planos de expansão para a América Latina. No momento, o app custa US$ 3 e está disponível somente para iOS. A empresa afirma que "em breve" lançará uma versão para Android.
O Canaltech conversou sobre inovação, mercado de desenvolvimento de apps e startups com Aviv Gadot, CEO e co-fundador do Pixtr. Você confere a entrevista na íntegra abaixo:
Canaltech: Quais os maiores desafios ao montar uma startup?
Aviv Gadot: Cada estágio tem seus próprios desafios, mas uma coisa é sempre igual: o foco. Foco não é sobre o que você faz, mas sim sobre o que você não faz. Aprender a dizer "não" e ter foco é sempre a chave do desafio.
CT: O Pixtr foi lançado oficialmente somente após ganhar a competição da Intel e receber um investimento de Uri Levine. Você acredita que as startups só conseguem visibilidade após algum evento especial? Quais são as suas dicas para quem está começando no mercado e tentando conseguir investimentos?
AG: Competições de startups e eventos são grandes chamarizes, mas não os melhores. Eu acredito que a melhor publicidade é seu próprio produto. Se você cria um valor em grande escala, ajudando muitas pessoas, tem tudo para funcionar. Além disso, seus investidores são seus usuários também e, se eles não são, suas famílias são.
CT: Quais são as coisas mais importantes a se fazer antes de criar um aplicativo ou startup?
AG: Você pode e vai cometer um monte de erros. Eu pessoalmente posso escrever uma novela sobre os meus próprios erros. A única coisa que você não pode errar é ao construir o time certo. Se você tem as pessoas certas e operando em um campo interessante (em termos de tamanho de oportunidade), você consegue.
CT: O Pixtr se tornou famoso por explorar uma área que era esquecida, porém muito desejada pelos usuários. Em sua opinião, quais são as áreas mais promissoras da tecnologia atualmente?
AG: Toda "boa startup" começa a partir de um problema real. Não da tecnologia em si. Pessoalmente, eu sou um grande fã da "economia compartilhada" em startups como Uber, AirBNB e Zipcar (que por sinal, não é mais startup). Todas essas companhias se tornaram incríveis não por sua tecnologia, mas pelo fato de depois de você começar a usar os serviços dela, você se perguntar: por que não foi feito (com sucesso) antes?
CT: No Brasil nós temos um sério problema em desenvolvimento de apps. São poucas as companhias e profissionais que são capazes de fazer um bom trabalho em prazos curtos, sem bugs e defasagem de aprendizado. Como resolver isso?
AG: Para fazer um bom aplicativo você precisa de três cargos: um gerente de produto que seja focado em pensar no quê criar, um designer gráfico e um engenheiro que programe. Historicamente, meu país é bom no lado da engenharia, mas falta experiência e conhecimento no lado do produto.
Assim que o sistema de startup ficou maduro e mais companhias internacionais apareceram (Google, Facebook e assim vai), nós começamos a desenvolver essas habilidades. É mais fácil aprender coisas hoje na internet (Corsera, iTunes U, Codeacademy e outros). Assim que o cenário de startups e tecnologia no Brasil amadurecer, isto vai acontecer naturalmente.
CT: Como foi criar o conceito de beleza no Pixtr? Como transportá-lo para um app?
AG: O processo todo durou quase um ano. No começo, entrevistamos muitos designers, profissionais do ramo da fotografia e cirurgiões plásticos ao redor do mundo. Isso foi bom como um ponto inicial. Em seguida, adicionamos diversos tipos de estatísticas de aplicativo e testamos o feedback dos usuários. Ao falar com nossos usuários e estudando esses dados, nós conseguimos aperfeiçoar nossos resultados.
Atualmente, nossos algoritmos proprietários estão processando os dados do usuário e fazendo este processo por conta própria.
CT: As pessoas sempre querem que suas fotos pareçam mais bonitas, mas sem ter que pagar por isso. Como convencê-las a pagar pelo Pixtr? Vocês já pensaram ou pensam em outras formas de monetização, como compras in-app?
AG: Nós estamos constantemente pensando em nosso modelo de negócios e constantemente o reavaliando assim como em qualquer outra coisa que fazemos. Isso pode mudar no futuro.
via: http://corporate.canaltech.com.br
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