
A Viber anunciou nesta semana que encerraria a ação de ligações gratuitas e ilimitadas para telefones fixos no Brasil, depois de nove semanas no ar.
A ação foi anunciada em fevereiro, pouco tempo depois da empresa começar as suas operações no país, e resultou em um aumento da sua base de usuários de 60%, que saltou de 10 milhões no início do ano para os atuais 16 milhões.
A empresa aproveitou o momento de dúvida de alguns usuários logo após o anúncio feito pelo Facebook da aquisição do WhatsApp, principal concorrente do Viber e líder do mercado de mensagens intantâneas.
"Havia muita insegurança sobre o futuro do WhatsApp em relação à privacidade e outras questões, e a gente começou a experimentar uma taxa acelerada de crescimento no Brasil", afirmou o Country Manager do Viber no país, Luiz Felipe Barros, ao Canaltech. "Alguns dias depois o WhatsApp ficou horas fora do ar e isso fez muitas pessoas baixarem o Viber".
No mundo, o aplicativo cresceu sua base de 300 milhões para 400 milhões de usuários no mesmo período.
De acordo com dados divulgados pela empresa, os usuários brasileiros fizeram mais de 40 milhões de ligações que somaram 170 milhões de minutos durante a ação. O aplicativo também viu um crescimento no envio de mensagens de texto, principal percentual de uso do app, e em grupos, que aumentou em uma média de 25% por semana.
Com o fim da ação, o recurso que que permite ligações para telefones fixos e móveis, o Vibe Out, volta a ser pago no país. As funções de envio de mensagens, conversas em grupo e ligações VoIP de Viber para Viber continuam gratuitas.
Estratégia de crescimento
De acordo com Barros, a empresa já tem outras iniciativas de marketing planejadas para sustentar o crescimento do aplicativo, que agora conta com uma equipe de cinco pessoas na operação brasileira.
No segundo semestre, a empresa deve começar a implantar uma estratégia de games casuais dentro da plataforma, que visa não só expandir o número de usuários, mas trazer receitas através de compras dentro do app (In-App Purchase). De acordo com o executivo, os jogos serão uma parte separada dentro do app e não deverão incomodar usuários que não quiserem interagir.
O Viber também prevê umas série de recursos locais, como stickers (adesivos customizados para ilustrar as mensagens de texto. Os stickers fazem parte também da estratégia de monetização da plataforma, já que algumas opções de adesivos são pagas.
Outras iniciativas como a ação de ligações gratuitas não são descartadas, mas não estão previstas para os próximos meses. "Os dados foram fanstásticos, mas a gente quer trazer novidades para o público também", comenta Barros.
via: http://corporate.canaltech.com.br
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