sexta-feira, 18 de abril de 2014

Google atualiza termos de serviço e admite analisar e-mails de usuários

Agora não há dúvidas de que a gigante "xereta" conteúdo dos usuários em busca de palavras-chave para fornecer publicidade direcionada.
O Google atualizou os seus termos de serviço para deixar claro que a empresa analisa o conteúdo dos usuários, incluindo e-mails, para fornecer a eles anúncios direcionados, resultados de pesquisas personalizados e outros recursos.
O fato de a gigante das buscas "xeretar" os e-mails dos usuários tem sido algo controverso a grupos de privacidade, que descrevem a prática como uma invasão da privacidade do usuário.
Os novos termos de serviço do Google que entraram em vigor na segunda-feira (14) acrescentam a condição de que "os nossos sistemas automatizados analisam o seu conteúdo (incluindo e-mails) para fornecer a você características de produtos pessoais relevantes, tais como resultados de buscas personalizados, publicidade customizada, além de detecção de malware e spam. Esta análise ocorre quando o conteúdo é enviado, recebido, e quando ele é armazenado."
A última alteração que o Google fez em seus termos de serviço ocorreu em novembro passado.
Privacidade
A rival Microsoft afirma na sua campanha "Don’t Get Scroogled by Gmail" que o seu serviço Outlook.com é superior ao Gmail e que, ao contrário do Google, não analisa os e-mails em busca de palavras-chave para direcionar anúncios pagos aos usuários.
Em um caso da Califórnia sobre a prática de interceptação de e-mail do Google, a juíza distrital Lucy H. Koh disse que os termos de serviço e políticas de privacidade do Google não informam explicitamente "que a empresa pode interceptar e-mails dos usuários para fins de criação de perfis de usuário ou fornecimento de publicidade direcionada."
A decisão do Google de mudar seus termos de serviço pode ter sido motivada por esses comentários.
No litígio multidistritral consolidado trazido por usuários ao Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia, divisão de San Jose, os usuários alegam que o Google violou leis de escutas telefônicas estaduais e federais ao verificar o conteúdo das mensagens enviadas por meio do Gmail a fim de servir anúncios para seus usuários, entre outras coisas.
O Google sustentou que todos os usuários finais do Gmail e do Google Apps tinham consentido explicitamente as supostas interceptações ao concordarem com vários termos de serviço e políticas de privacidade em vigor entre os anos de 2008 e 2013, de acordo com registros do tribunal. 
A juíza Koh, no entanto, negou o status de ação de classe para os peticionários para o processo consolidado. Os autores procuraram permissão para recorrer.
Fonte: http://idgnow.com.br/internet
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