A notícia meio que passou batida por aqui. Na última terça-feira, o New gTLD Program Committee da ICANN, atuando com os poderes do seu conselho de administração, aprovou uma resolução que impede a criação de domínio sem ponto, ou domínios “dotless”. Um duro golpe para a Google, que havia encaminhado à entidade um pedido para administrar o domínio Search (http://search/).
A intenção da Google era fornecer um namespace facilmente identificável para as empresas que fornecem funcionalidades de busca e permitir aos internautas o uso de um mecanismo único e simples para acessar o serviço de busca de sua escolha (Bing, Yahoo, ou qualquer outro).
A Google pretendia operar um serviço de redirecionamento no domínio Search, sem ponto. Segundo ela, o domínio (http://search/) viria acompanhado de uma norma técnica simples que permitiria a construção de interfaces de consulta consistentes entre as empresas que oferecem a funcionalidade de busca e os usuários.
Se aprovado, o mesmo princípio poderia valer para domínios como http://blog/, http://cloud/ e http://app/. O domínio http://blog/ iria dirigir os internautas para uma plataforma de blogging especificada pelo usuário,http://cloud/ para serviços em nuvem, e http://app/ para lojas de aplicativos em plataforma móveis ou nos desktops.
Na sua resolução, a ICANN alega estar rejeitando o uso dos domínios sem ponto por ter encontrado, nos estudos realizados sobre o assunto, riscos substanciais para a estabilidade e segurança da Internet.
Anteriormente, o Internet Architecture Board já havia avaliado que os “domínios sem ponto são inerentemente prejudiciais à segurança na Internet.” E a Microsoft, sem dúvida motivada pelo menos em parte por preocupações de concorrência no mercado de buscas, havia implorado repetidamente à ICANN para proibir a criação de domínios sem ponto por motivos de segurança.
Na verdade não só a Microsoft, quanto outros grande concorrente do Google no mercado de buscas, como o Yahoo, apresentaram objeções ao plano do Google de criação do domínio “Search”, sem ponto.
Os críticos da ICANN dizem que a rejeição de domínio dotless não é nenhuma surpresa, dada hesitação da entidade para alterar o status quo. Embora a organização diga que quase 2 mil novos nomes de domínio de alto nível estão a caminho, a validação e introdução desses novos domínios têm sido mais lentas do que o desejado.
A própria Google fez o pedido para administrar os domínios .SEARCH, .APP, .BLOG e .CLOUD. Todos eles deverão ser disputados entre muitas empresas e receber objeções durante o processo de análise da ICANN, como já vem ocorrendo com .CLOD e .SEARCH. O domínio .CLOUD também foi solicitado pela Amazon, Symantec e Charleston. Já o .SEARCH também foi pleiteado pela Charleston.
Hoje, 204 solicitações de pedido de novos domínios foram contestadas. Entre elas, a da Amazon para administração do domínio .AMAZON. Outras 1574 solicitações já receberam o salvo conduto na primeira fase de avaliação e continuam o caminho para aprovação. Entre elas as dos domínios .MOBILE, feita pela Amazon, .CHAT, pela Top Level Spectrum.
O Brasil já tem 10 domínios aprovados na primeira fase (tabela abaixo). Inclusive o domínio .BOM, que haviacaído em exigência, liberado após a defesa feita pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, o NIC.br. E o domínio .FINAL.
A proposta do NIC.br é a de que o .FINAL seja usado para a divulgação das coisas finais, sejam eles quais forem. A versão final de um software, uma rede social, uma tese acadêmica, uma campanha de marca ou uma história. Outras aplicações que se espera são assuntos relacionados aos pensamentos decisivos, conclusivos ou definitivos. A intenção é oferecê-lo sobretudo a meta empresas que trabalham nos serviços on-line e segmentos acadêmicos.
Fonte: http://idgnow.uol.com.br
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