Os sites chineses de venda de produtos podem ser uma opção para o consumidor brasileiro. O preço é o principal motivo para o comprador avaliar a aquisição de um produto que venha da China ao invés de ir ao shopping perto de casa.
Mesmo com a alta do dólar e, consequentemente, o aumento do preço dos produtos importados, ainda pode compensar comprar um produto chinês. "Se você parar, pesquisar e comparar os valores das mercadorias chinesas com as mesmas vendidas no Brasil, verá que a diferença pode chegar a 200% ou até mais", diz Daniel Cardoso, professor de e-commerce no Grupo Impacta Tecnologia. "Então, mesmo que o produto esteja um pouco mais caro hoje, ainda está mais barato do que se fosse comprado aqui."
Também é importante colocar na balança a taxa que a Receita Federal pode cobrar sobre o produto. O preço é de 60% do valor total da compra mais o ICMS, que varia de acordo com o Estado. Qualquer cobrança acima do estabelecido é ilegal e o consumidor pode recorrer a cobrança na agência ou acionar um advogado tributarista.
Me arrependi da compra que fiz em um site chinês. E agora?
Antes de sair por aí comprando tudo que vê pela frente em sites chineses, é importante analisá-los para não ter dor de cabeça depois. "Nem todas as páginas são confiáveis. É necessário pesquisar procedência e tempo de entrega, além de conversar com pessoas que já compraram. Dessa maneira, você terá mais segurança na hora de escolher", diz Cardoso.Diferentemente da maioria dos sites chineses que seguem a linha de um e-commerce comum, o AliExpress trabalha com vários vendedores. Nesse caso, é importante analisar a reputação dos comerciantes. O ranking é baseado em um esquema de ícones que acompanham a seguinte hierarquia: medalha, diamante e coroa. Quantos mais produtos vendidos e entregues corretamente, mais símbolos serão conquistados. O máximo são cinco coroas.
Se mesmo com todo o cuidado você adquirir uma peça ruim ou se arrepender da compra, saiba que é possível recorrer. O comprador precisa avisar o site sobre o problema e, normalmente, seguir um procedimento imposto. "Cada página tem uma política de como deve proceder caso isso aconteça. Consulte-a", diz Cardoso.
Amanda Santiago, conhecida pelo blog "Troquei meu guarda-roupa na China" (que em outubro de 2015 sofreu uma reformulação e agora leva o nome da autora), diz que a maioria das pessoas que recorrem conseguem seu dinheiro de volta ou o envio de um novo produto. Mas isso em sites grandes. "Por isso é importante comprar em uma página já conhecida e usada, pois ela está preparada para esse tipo de situação. Já os portais menores ainda se complicam com essas normas", afirma.
Segundo uma pesquisa da empresa especializada em e-commerce Pitney Bowes, 51% dos brasileiros que compram na internet consultam antes os produtos da China. De acordo com a pesquisa, os eletrônicos somam quase 50% da procura, enquanto os itens de vestuários chegam a 46% das buscas.
Fonte: UOL Tecnologia
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