Enquanto seres humanos não chegam a Marte, alguns equipamentos enviados pelo homem captam centenas de imagens e informações que ajudam a estudar e conhecer melhor o planeta vermelho. Mesmo assim, as máquinas que já estão lá, entre elas o famoso jipe-robô Curiosity, têm um campo de visão limitado, o que dificulta a coleta de dados e pesquisas mais detalhadas. Só que isso deve mudar em futuros projetos da NASA, que anunciou o desenvolvimento de um pequeno helicóptero autônomo de exploração extraterrestre.
De acordo com um texto publicado no site da agência espacial norte-americana, a aeronave em formato de drone recebeu o nome de Mars Helicopter. Ela seria enviada ao nosso planeta vizinho nas próximas missões com o objetivo de auxiliar os pilotos daqui da Terra sobre o que nos espera quando finalmente chegarmos a Marte. Para tal, a ideia é acoplar os drones aos sucessores da Curiosity e da Opportunity para dar uma perspectiva que os veículos terrestres não conseguem alcançar.
Os engenheiros da NASA afirmam que o Mars Helicopter tem potencial para triplicar as distâncias que os robôs em solo percorrem em um dia marciano - cada dia em Marte é chamado de "sol" e dura 24h39, ou seja, 39 minutos a mais do que as 24h de um dia terrestre. Neste caso, o drone faria voos de reconhecimento diários e "verificaria vários possíveis pontos de interesse", o que ajudaria os cientistas da Terra a usar as imagens do helicóptero para "procurar por novos locais para o rover estudar com mais profundidade". Além disso, a aeronave será capaz de selecionar as melhores localidades para coletar amostras de solo e rochas.
Atualmente, o projeto está em fase de testes no Laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, na Califórnia, e deve demorar um bom tempo para ficar pronto. O modelo proposto pela agência mede 1,1 metro de uma ponta a outra e pesa cerca de 1 quilo. A NASA disse que o protótipo "se parece com uma caixa média de lenços".
Dificuldades
Como dito, o terreno marciano torna as missões da NASA mais demoradas e perigosas, podendo comprometer a integridade física dos aparelhos enviados para lá. O ambiente é composto de um solo irregular, que apresentou à Curiosity obstáculos que não tinham sido detectados com antecedência pela agência especial justamente pela limitação do campo de visão da sonda.
Um exemplo de como o solo de Marte pode por em risco as missões é o estado da própria Curiosity. Em agosto do ano passado, dois anos depois que a sonda pousou no planeta, foi possível observar o desgaste das rodas do equipamento, além de sua carcaça toda empoeirada. Por conta desses imprevistos, é provável que o aparelho seja aposentado mais cedo do que se esperava, mesmo após os esforços dos cientistas em ampliar o tempo de vida do dispositivo. O próximo robô que irá circular por Marte deve ser enviado para lá em 2020, quando possivelmente receberá em sua arquitetura os drones do Mars Helicopter.
A Curiosity pousou no planeta vermelho com o objetivo de chegar a uma área conhecida como Yellowknife Bay, onde está localizada a Cratera Gale. A partir daí, o robô fez diversas descobertas que intensificam a teoria de que Marte já abrigou vida, incluindo um antigo leito de curso de água. O robô agora está na última fase de sua missão rumo ao Monte Sharp, uma região com 5.500 metros de altura localizada no centro da Cratera Gale. É lá que o veículo deve encontrar mais evidências de como o planeta marciano foi capaz de abrigar vida em seu passado.
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