Com os termos de uso da faixa 700 MHz já firmados, tem início a próxima fase de implementação do 4G no Brasil. Dentro de 15 dias se dará a definição do Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV, ou na sigla Gired, que vai coordenar o processo.
O escolhido para presidir o grupo foi Rodrigo Zerbone, que destacou que os trabalhos devem ser iniciados imediatamente, visto que em 2016 as capitais Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro passarão pelo switch off. O cronograma prevê que essas capitais, assim como Belo Horizonte, tenham os sinais analógicos da televisão aberta desligados entre abril e maio de 2016, informa o site Convergência Digital.
O Gired terá como função tomar as decisões políticas para instrumentalizar a Entidade Administradora da Digitalização, ou EAD. Essa entidade deve ser criada em um período de 90 dias para operacionalizar a limpeza da faixa de 700 MHz, deslocando as emissoras de televisão que hoje utilizam a faixa para outras faixas do espectro. O projeto prevê que o 4G deve começar a ser operado na faixa um ano após o desligamento dos sinais de TV em cada município.
Para executar a limpeza da faixa será necessária a compra e distribuição de transmissores para as emissoras e também a distribuição de 14 milhões de conversores de sinais digitais para televisores analógicos. A distribuição gratuita será feita para as famílias de baixa renda, conforme cadastro do programa Bolsa Família. A limpeza só é dada como finalizada quando houver uma garantia de que não haverá interferência entre a TV Digital e o 4G. O orçamento necessário para este processo foi considerado no leilão e as teles terão que destinar R$ 3,6 bilhões para a EAD realizar este trabalho.
Um dos destaques para Zerbone foi a condução do processo pela Anatel, que evitou um conflito entre TVs e empresas de telecomunicações pela faixa. “Tínhamos em torno dessa faixa uma disputa de interesses muito grande. Foi como tentar evitar uma briga de elefantes. Mas a TV já tem recursos assegurados para completar a transição digital, inclusive na recepção, e as telecomunicações vão consolidar o 4G”, afirmou ele.
Quem também se manifestou sobre a nova etapa do processo de consolidação do 4G no país foi o vice-presidente da TIM, Mario Girasole. “Agora começa outro processo, talvez até mais desafiador, que levará a verdadeira modernização digital do país com a difusão da banda larga móvel e a digitalização da TV no país. Coordenar esses dois movimentos será o desafio crucial dos próximos meses e anos”, destacou ele.
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