Em 2014, a empresa eslovaca de soluções de segurança ESET completou dez anos de sua operação regional na América Latina, que hoje fica centralizada em Buenos Aires, Argentina.
No Brasil, no entanto, a companhia chegou dois anos antes, através de um distribuidor local que ficou responsável por todos os negócios nacionais até 2009. O modelo não deu muito certo: em cinco anos de vendas por aqui, as receitas no Brasil nunca passaram do quinto na lista de dez países que a ESET atua na América Latina, apesar do tamanho do mercado local.
Em 2009, a empresa resolveu mudar a estratégia e assumir o controle da operação brasileira para mudar essa realidade. A ESET montou seu time local baseado em São Paulo, contratou diretor dedicado ao país e passou a atuar de maneira mais efetiva no mercado.
O resultado disso foi um crescimento expressivo. A receita em dólares cresceu 500% nos últimos cinco anos por aqui e, hoje, o Brasil já se tornou o segundo mercado da região para a ESET, atrás apenas do México.
E a expectativa é que o Brasil cresça 18,6% neste ano, acima dos 11% esperados para o México, passando para a liderança da região a partir de 2015. "Ainda somos uma marca desconhecida, mas isso vem mudando ano a ano", afirmou o country manager da ESET no Brasil, Camillo Di Jorge, em entrevista ao Canaltech.
A ESET não abre os números sobre seus faturamentos locais, mas a estimativa é que deverá arrecadar US$ 36 milhões (cerca de R$ 90 milhões) com seus produtos para usuários domésticos e corporativos na América Latina até o final de 2014.
Segundo Di Jorge, hoje a receita da empresa no Brasil fica em cerca de US$ 40 mil atrás da mexicana. Os dois países juntos representam metade do total de receitas da empresa na região.
Quase três quartos (70%) do total do faturamento da empresa na Brasil vem de suas vendas de soluções para o setor corporativo e apenas 30% vêm das soluções de segurança para usuários domésticos. Dentro dessa fatia, quase metade provém das pequenas e médias empresas (PMEs) de diferentes setores de atuação, de acordo com Di Jorge.
A importância desse mercado para a ESET é tão significativa no Brasil que motivou o lançamento de uma oferta local de um pacote de produtos de segurança para PMEs no ano passado, focada exclusivamente em empresas nacionais com demanda de até 25 licenças.
Para ganhar mercado nesse setor, a empresa também deve expandir sua atuação principalmente no Nordeste do país, em regiões como Recife, onde enxerga uma grande demanda por produtos de segurança em PMEs. Hoje, 70% dos clientes da ESET no Brasil ficam entre as regiões Sul e Sudeste do país.
Para garantir o suporte dessa expansão, a eslovaca deverá dobrar o tamanho da operação de dez pessoas no país ainda em 2015, principalmente nos setores de marketing, vendas e suporte.
Além disso, no próximo ano um dos principais focos será em parcerias e na capacitação de sua rede de revendedores e distribuidores, composta atualmente por cerca de 3 mil revendas - com exceção dos produtos online, 100% das vendas da empresa são feitas através de canais.
De acordo com Di Jorge, a ESET também fechou um acordo com um fabricante internacional de computadores que deverá começar a vender dispositivos no Brasil já com sua solução embarcada a partir de 2015. O nome da empresa ainda não foi revelado.
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