sábado, 11 de outubro de 2014

Cientistas criam prótese de braço controlada por cérebro mais avançada

Cientistas suecos desenvolveram um tipo de prótese de braço que interage diretamente com osso, músculos e nervos. A tecnologia, mais avançada do que outros modelos, está em teste para ser aprimorada e foi implantada em um sueco em janeiro de 2013, mas resultados de estudo só foram revelados recentemente. O homem, que perdeu o braço direito há dez anos, pôde voltar a trabalhar como motorista de caminhão.
Eletrodos introduzidos nos nervos melhoram estabilidade de prótese (foto: Reprodução/CNet)Eletrodos introduzidos nos nervos melhoram estabilidade de prótese (foto: Reprodução/CNet)

A técnica, chamada osseointegração, é capaz de eliminar interferências externas do ambiente e permitir maior controle do membro. “Ela é usada para criar uma fusão de longo prazo entre o homem e máquina, que são integradas em níveis diferentes”, explicou pesquisador da Universidade de Tecnologia deChalmers e autor do estudo, Max Ortiz Catalan.
A prótese é composta por titânio e é implantada diretamente no osso do paciente. Uma série de eletrodos também são conectados aos nervos e músculos para ler os sinais elétricos enviados pelo cérebro, que são traduzidos nos movimentos feitos pelo braço. “O sistema biológico humano também faz parte da interface e do sistema de controle da prótese, o que cria uma união entre o corpo e a máquina, biologia e mecatrônica”, esclareceu Catalan.
A inserção dos eletrodos nos nervos é a grande diferença entre a osseointegração e outras próteses. Ela diminui a interferência causada por sinais elétricos que vêm de outras partes do corpo, como músculos, permitindo maior controle e estabilidade. A prótese também é capaz de fazer movimentos mais complexos e gerar um feedback sensorial maior através de vibrações no osso.
Desde que fez a cirurgia, o paciente, que é motorista de caminhão, conseguiu voltar a fazer atividades rotineiras como operar máquinas e carregar peso. Além disso, ele consegue executar tarefas que requerem mais precisão, como segurar ovos e amarrar cadarços.
Segundo os cientistas, o próximo passo é desenvolver a sensação de toque. Por enquanto, todas as informações são enviadas diretamente do cérebro para a prótese, mas os eletrodos também são capazes de enviar informações de volta. “Até agora, nós demonstramos que o paciente tem a habilidade em longo prazo de perceber toques em locais diferentes na mão perdida. Feedback intuitivo e controle são cuciais para interagir com o ambiente e até agora ninguém possui uma prótese capaz de dar estas informações”, explicou. Confira o vídeo que mostra a prótese em ação:

Fonte: TechTudo.
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