terça-feira, 1 de julho de 2014

Google proíbe versões customizadas dos sistemas Android Auto, TV e Wear

Google lançou três novas versões do Android na última semana e inaugurou um novo design para tentar unificar a aparência da plataforma em todos os dispositivos, mas só agora uma parte importante da estratégia foi revelada. Fabricantes de TVs, smartwatches e carros equipados com Android TV, Wear ou Auto não poderão criar versões customizadas do sistema, dando fim às chamadas “skins” existentes no Android desde seu lançamento há seis anos.
Maps ganha update para enviar navegação GPS para a tela do relógio (Foto: Divulgação/Motorola) (Foto: Maps ganha update para enviar navegação GPS para a tela do relógio (Foto: Divulgação/Motorola))Moto 360 rodando o sistema Android Wear (Foto: Divulgação/Motorola)

Segundo o Google, a medida servirá para manter intacto o design proposto, melhorando a experiência geral. “A interface do usuário é mais parte do produto neste caso. Queremos ter apenas uma experiência de uso muito consistente, então se você tem uma TV em um quarto e outra TV na sala, e ambos são Android TV, nós queremos que elas funcionem da mesma forma e tenham a mesma aparência”, explicou o diretor de engenharia do Android, David Burke.
Os fabricantes poderão incluir apps proprietários e serviços exclusivos em seus dispositivos para manter viva a concorrência, mas a ideia é que, ao menos em termos de design, tudo permaneça o mesmo. Dessa maneira, o painel inteligente Android de um carro da Audi terá a mesma aparência e mesmos comandos que um da Hyundai, por exemplo.
Combate à fragmentação
A declaração oficial não menciona um aspecto importante da nova política: o combate claro à fragmentação no Android. Apesar de ser um sistema único, há vários hardwares e versões modificadas do software no mercado – Samsung, LG, Sony e outros fabricantes têm sua própria variante do sistema instalada em seus aparelhos, o que provoca inconsistência de uso em apps e, principalmente, demora na atualização.
Via de regra, mais modificações no sistema significam mais tempo para chegar updates. Um exemplo é a Motorola, que optou recentemente por empregar uma versão pouco adulterada do Android em seus Moto EMoto G e Moto X, e hoje é a primeira a liberar atualizações. Portanto, a mudança de política do Google para seus novos Android pode estar diretamente relacionada a esse problema.
 A tendência é que LG G WatchSamsung Gear Live eMotorola Moto 360, assim como outros relógios inteligentes, TVs e carros rodando Android, sejam mais ágeis para receber novas versões do Android. Além disso, usuários deverão ter mais facilidade para aprender a usar cada um dos aparelhos, por mais que sejam de marcas diferentes.
A redução da fragmentação também está chegando aos dispositivos móveis. Anunciado no Google I/O, o programaAndroid One pretende levar Android puro e atualizações constantes a aparelhos de baixo custo vendidos em mercados emergentes, como o brasileiro. Resta saber se a mesma política será levada aos fabricantes topos de linha de smartphones e tablets – afinal, um Galaxy S6 com Android 5.0 puro vendido no Brasil não seria má ideia.
Via Phandroid, Tech Tudo.
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