quinta-feira, 19 de junho de 2014

Entenda a tecnologia que validou o gol da França na Copa do Mundo

Domingo, 15 de junho de 2014, foi um dia histórico para o futebol internacional: a Tecnologia da Linha do Gol (TLG) foi usada pela primeira vez em uma Copa do Mundo para validar um gol. No jogo entre França e Honduras, no estádio Beira-Rio em Porto Alegre, a tecnologia conseguiu detectar que a bola cruzou totalmente a linha do gol e levou apenas um segundo para avisar ao árbitro que o segundo gol da equipe francesa foi legal.
Tecnologia de Linha de Gol esclaree polêmica em jogo da França x Honduras, na Copa 2014 (Foto: Reprodução/Fifa)Tecnologia de Linha de Gol esclarece polêmica em jogo da França x Honduras, na Copa 2014 (Foto: Reprodução/Fifa)
A polêmica aconteceu no segundo tempo da partida em um lance feito pelo camisa 10 francês, Karim Benzema. O jogador chutou em direção ao gol mas a bola bateu na trave e no goleiro, mas entrou. Afinal, a bola entrou ou não? Nesse momento entrou em ação a Tecnologia da Linha de Gol (ou Goal Line Technology, em inglês) que confirmou a decisão do árbitro e validou o gol. 
Os 12 estádios brasileiros que recebem os jogos deste mundial estão equipados com a TLG. O recurso funciona com 14 câmeras apontadas diretamente para o campo, sete para cada gol, com o objetivo de captar todos os ângulos possíveis de entrada da bola. No momento em que a bola passa por, pelo menos, cinco milímetros de distância da linha fatal, a TLG informa ao árbitro da validade do gol e exibe a análise no telão do estádio em quatro dimensões (4D).
As câmeras estão nas coberturas dos estádios e são capazes de filmar em até 500 quadros por segundo, quase 20 vezes a capacidade da maioria dos smartphones, que normalmente conseguem capturar só 30 quadros por segundo. Isso significa que ela consegue acompanhar a bola a cada dois milissegundos. Mais rápido que um piscar de olhos.
A informação para validar ou não o gol é enviada para o relógio do árbitro (Foto: Repodução/YouTube)A informação para validar ou não o gol é enviada para o relógio do árbitro (Foto: Repodução/YouTube)
As imagens capturadas são enviadas em tempo real, por cabos de fibra ótica, para dois computadores que filtram o árbitro, os jogadores e outros objetos que possam estar encobrindo a bola. Os computadores conhecem a posição tridimensional (posições x, y e z) e a velocidade da bola.
Caso a bola ultrapasse a linha do gol, um sinal é enviado ao relógio do árbitro em menos de um segundo, que vibra no pulso e mostra na tela uma mensagem informando que foi gol. Mas caso não entre, o relógio indicará na mesma velocidade que não valeu. Em caso de dúvidas, as imagens ficam salvas para consulta posterior.
Usar ou não usar? Eis a questão!
A tecnologia também foi utilizada pela Fifa no Mundial de Clubes 2012/2013 e na Copa das Confederações 2013. A TLG, no entanto, tem sido alvo de polêmica no mundo do futebol. Apesar de fornecer dados conclusivos para uma partida, há quem prefira manter o futebol o mais natural possível, sem interferência tecnológica.
Por outro lado, os que apoiam o uso da TLG argumentam que a tecnologia ajuda a prevenir injustiças dentro de campo, como a partida emblemática entre Inglaterra e Alemanha na Copa do Mundo de 2010, nas oitavas de final.
O árbitro Jorge Larrionda e o assistente Mauricio Espinosa invalidaram o gol do meia Frank Lampard contra a Alemanha depois da bola bater no travessão e cruzar a linha do gol. Após o erro, a Inglaterra não conseguiu reagir e acabou sendo goleada por 4 a 1. O resultado fez com que o time desse adeus à Copa do Mundo.
Veja a animação explicativa sobre a tecnologia


* Colaborou Carol Danelli
via Tech Tudo.
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