
Se você esperava poder enviar aquela imagem bacana da torcida na arquibancada ou colocar um golaço em uma rede social durante uma partida da Copa do Mundo no Brasil, pode começar a descartar essa ideia. A organização do evento e as operadoras de telecomunicações não estão conseguindo resolver a falta de sinal para cobertura adequada da telefonia móvel nos locais da realização do Mundial.
De acordo com a agência Reuters, essa é uma preocupação "antiga", pois o evento que serviu (ou deveria servir) de preparação para o Mundial, a Copa das Confederações, já havia revelado que o problema é grave.
"Não queremos que o Brasil seja lembrado como a pior realização da Copa do Mundo de todos os tempos porque os jornalistas não poderão divulgar suas histórias para o restante do mundo", esbravejou, recentemente, o secretário-geral da Fifa, Jêrome Valcke, responsável por fiscalizar o andamento da preparação de nosso País para a Copa do Mundo.
Para ter uma ideia, as pessoas mal conseguiam enviar uma mensagem de texto para comemorar quando o Brasil venceu a Espanha por 3 a 0, na final da Copa das Confederações, no Maracanã. Neste dia, que registrou 73 mil torcedores dentro do estádio, a média diária de tráfego de dados no Rio de Janeiro subiu para um terço da média brasileira, de acordo com a operadora Claro.
As redes de telefonia foram tão requisitadas naquele dia que as baterias dos telefones foram consumidas rapidamente, tamanho o esforço para conseguir sinal. Depois do episódio, as empresas pediram 120 dias para instalar e calibrar as redes em seis novos estádios, e em Curitiba e São Paulo esse prazo caiu para 70 dias. Além disso, vêm sendo investidos R$ 200 milhões para reforçar a cobertura nos estádios.
No entanto, atualmente, a dois meses para a abertura do Mundial, ainda existem muitos "pontos cegos" nos arredores dos estádios, estacionamentos e outros locais importantes.
"Nos aeroportos, nossa intenção foi fazer o mesmo projeto desenhado para os estádios", afirma Eduardo Levy, diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil). "Mas muitos aeroportos não estarão prontos a tempo. Faremos cobertura externa", lamenta.
Para ajudar a desafogar o intenso tráfego de dados, as operadoras estão ampliando as redes de fibra óptica em cidades-sede e adicionando antenas em hotéis de grande porte, centros de treinamento e instalações e redes Wi-Fi públicas.
Caso a Fifa aprove o uso de redes complementares Wi-Fi nos estádios, a capacidade de dados poderia aumentar em até 50%. O esforço, contudo, parece não ser suficiente, já que resta pouco tempo e não deve haver grandes testes em importantes praças até a abertura, como em São Paulo e Curitiba.
via: http://canaltech.com.br
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